quarta-feira, 7 de abril de 2010

Deus é com forma ou é sem forma?

Oferecemos aqui um ensinamento muito importante sobre como é possível considerar a Divina Realidade e extrair o melhor, para nós, desta forma de Yoga. No 'Evangelho de Sri Ramakrishna' muitas pessoas que praticam algum tipo de Yoga, dirigem a ele perguntas fundamentais para seu aprimoramento espiritual seguindo aquele caminho. Vemos aqui, alguém que segue o caminho devocional, apresentando ao Mestre sua indagação mais importante:

Devoto: 'Senhor, Deus é com forma ou não possui nenhuma?'
Mestre: 'Ninguém pode afirmar com toda segurança que Deus é apenas 'isto' e nada mais. Ele é sem formas, mas também possui formas. Para o que segue o caminho devocional, Ele assume 'formas', mas para o jñani, seguidor da yoga do discernimento, Ele é sem formas. O devoto sente que ele e o mundo são duas coisas separadas, portanto, Deus a ele se revela como Pessoa. Porém, o jñani, que discrimina aplicando o processo de exclusão 'isto não-isto não!', ele chega a compreender por meio da percepção interior, que tanto o ego quanto o universo são ilusórios, como um sonho. Assim, realiza a Deus em sua própria consciência e não pode descrever o que Deus é. Compreende o que quero dizer?
Pense em Deus como Existência-Consciência e Pura Alegria, como se fosse um oceano sem fronteiras. Pela influência refrigerante do amor do devoto, a água se congela em algumas das partes formando blocos gelados. Em outras palavras, de quando em quando, Deus assume diversas formas para Seus amados e Se mostra a eles como uma Pessoa. Porém, ao raiar o sol do Conhecimento, os blocos de gelo se derretem. Assim, ninguém sente mais que Deus é uma Pessoa. E o que Ele é não pode ser descrito! Quem o irá descrever? Aquele que talvez pudesse desapareceu.
Se a pessoa analiza a si mesma, não consegue encontrar seu 'eu'. Tomemos uma cebola, por exemplo, você vai retirando sua casca vermelha e logo encontra espessas camadas brancas. Retira-as uma a uma e nada encontra ao final! Neste estado, a pessoa não encontra mais seu ego, e quem sobrou para procurá-lo?
Certa vez, uma boneca de sal queria medir a profundidade do oceano. Tão logo entrou na água, se dissolveu! Agora, quem ficou para fazer qualquer relato? A pessoa se torna silenciosa quando o Conhecimento Perfeito é alcançado. Então o 'eu', que pode ser comparado à boneca de sal, se dissolve no oceano de Existência-Consciência e Júbilo e se faz um com ele!'
Trecho do "Evangelho de Sri Ramakrishna", cap. 6

Um comentário:

  1. Interessante o texto sobre as formas de Deus, bem profundo, li duas vezes e acho que entendi!
    Também gostei da idéia de vcs de fazer o blog!
    O layout ficou ótimo,
    Obrigada pelo recadinho no blog.
    Haribol!

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.