quarta-feira, 11 de abril de 2012

Praticando "auto-controle" como forma de bem-viver...

Todos nós, onde quer que estejamos, independente de raça ou religião, precisamos conhecer algumas regras básicas muito úteis para viver bem em sociedades. Em qualquer de nossas relações, a prática do auto-controle é bastante importante e poderíamos dizer, até básica. Auto-controle ao que nos referimos significa não levar adiante nossos impulsos naturais, restringindo-os...de modo que nossa presença não se torne incômoda aos demais. Refiro-me, é claro, em primeiro plano, ao controle da palavra, seguindo-se o controle do comer, do consumir, do criticar e até mesmo, porque não dizer, do sexuar..! Ninguém aprecia pessoas descontroladas, não é verdade? Os que falam em demasia, ou comem demasiado, ou consomem demasiado ou criticam, são sempre objeto de troça, bem ou mal humorada. Restringir nossos impulsos, portanto, todos reconhecemos como necessário, porém, poucos são bem sucedidos nesta empreitada. Porque? Porque temos de trabalhar onde os impulsos começam e não onde eles se mostram, onde eles são exigentes. Para nosso auto-controle ser efetivo temos de começar pelos pensamentos. Que pensamentos nos são de utilidade e quais aqueles que são apenas sobras do passado ou mesmo, pensamentos estranhos a nós? Que pensamentos nos podem conduzir adiante e que pensamentos nos aprisionam? Que pensamentos são vitoriosos e que pensamentos são derrotistas? Alguns pensamentos nos elevam, nos energizam, outros nos rebaixam, nos deprimem, nos desviam..! Assim, é claro, que algum tipo de controle e de verificação devemos ter sobre os pensamentos e é este o significado de "centramento". Comece por reconhecer que você é diferente dos pensamentos, que você pode selecioná-los ou mesmo, neutralizá-los; e que assim, você se encontra em um nível de superioridade para com eles, sendo seu instrutor e não o contrário. Con-centração não pode ser um esforço cego, não pode acontecer às tontas, "centramento" é um estado natural, desde que entendamos toda a situação. AUTO-CONTROLE é, assim, uma disposição natural de saber administrar nossas energias, reconhecendo como "angariar" e como "reservar" nossas energias. Isto é assunto de sabedoria, ao passo que desperdiçar energia é assunto de ignorar sabedoria..!

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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