sexta-feira, 30 de outubro de 2015

The Witness Atitude is Also faith...

The witness attitude is also faith; it is faith in oneself.
You believe that you are not what you experience, and you look at everything as from a distance.
There is no effort in witnessing. You understand that you are the witness only, and the understanding acts. You need nothing more, just remember that you are the witness only.
If in the state of witnessing you ask yourself 'Who am I?', the answer comes at once, though it is wordless and silent. Cease to be the object and become the subject of all that happens; once having turned within, you will find yourself beyond the subject.
When you have found yourself, you will find that you are also beyond the object, that both the subject and the object exist in you, but you are neither.
Nisargadatta, I AM THAT ch. 64

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Um roteiro de meditação: o Eu Supremo é pura Consciência

“A Única Fonte de Tudo”, meditação conduzida por Swami Satprakashananda

            Vamos relaxar o corpo e a mente, reunir nossos pensamentos e meditar no Divino Ser na profundeza do coração. Pense no Eu Supremo como a única fonte de toda vida, de toda força, de toda sabedoria, de todo amor e de toda alegria. Ele é aquele Adorável Ser, que parece estar muito distante de nós, mas, em realidade, é o mais próximo dos próximos. Ele é o Eu mais íntimo de todo ser humano. É a Alma de todas as almas. Para conhecê-lO, não temos de ir a parte alguma. Podemos encontrá-lO no fundo do coração através da contínua meditação.
            Seja qual for nosso poder, seja qual for nossa alegria, seja qual for nossa sabedoria, tudo teve origem nEle. Aparentemente, conseguimos satisfação de vários objetos. Aparentemente, recebemos forças de muitas fontes, porém, Ele é a única fonte de todo prazer e de toda força. Toda expressão de alegria vem dEle. Toda expressão de poder vem dEle. Mas, não pensamos na fonte! A água que vem da torneira não procede da torneira, mas, sim, da fonte à distância. De modo semelhante, todas as satisfações têm uma exclusiva causa, e esta causa é o Ser Supremo.
            O Eu Supremo é o Ser Supremo, Ele é a entidade toda penetrante, a mais íntima essência de tudo que existe. Ele é a Realidade subjacente que faz com que tudo nos pareça real. Nosso poder é limitado e assim também nosso conhecimento e nossa felicidade, porque não nos voltamos àquela única fonte de poder, de saber e de felicidade. Vamos nos voltar para Aquela fonte.
            A fonte é a Alma de todas as almas. Volte seu olhar interior para o mais remoto recôndito da alma. Que encontrou lá? Lá está o espírito consciente, sempre radioso. Este Supremo Ser é pura consciência, o auto-luminoso espírito que tudo manifesta. É a luz do espírito que permite aos olhos ver, aos ouvidos ouvir, à mente pensar, sentir, conhecer. Este consciente espírito em toda criatura é a fonte de toda fortaleza, de todo prazer, de toda sabedoria. E, ao fundo deste espírito individual, está o Ser Supremo.
            Pense neste Ser Supremo, auto-luminoso, puro espírito, absoluta consciência. Medite nesta luz. É esta luz que traz pureza, que traz força, alegria e amor. Medite neste auto-efulgente espírito como seu mais íntimo ser.
            Por meio de profunda meditação, você se une a Ele, e, alcançando a única fonte de toda bem-aventurança, você se transforma. Desde aquela fonte, a pureza entra em sua mente, em seu corpo. Daquela fonte, o amor entra em seu coração. Daquela fonte, o contentamento vem para você e da mesma fonte toda sabedoria flui.
            Medite na luz do Espírito Supremo. Imagine que entrou naquela luz, que está inundado por ela e que está inteiramente transformado. Aí está todo o segredo da pureza, do amor verdadeiro, da verdadeira sabedoria – entrar em contato com a fonte. Como se pode fazer contato com a fonte? Voltando os pensamentos para Ele e meditando na fonte com toda fé e devoção. Medite profundamente nEle, até que realize sua unidade essencial com Ele.
(Mais em www.vedanta.org.br)
 OM Shanti  Shanti  Shanti

O Caso do Gênio da Lâmpada, como contado por Swami Vivekananda

No presente relato, Swami Vivekananda conta o caso de um homem que estando necessitado de dinheiro, conseguiu os serviços de um gênio maligno para que lhe satisfizesse todos os desejos. Porém, se este gênio não fosse mantido ocupado o tempo todo...bem, vejamos como segue a situação:

Um pobre homem desejando algum dinheiro, ouviu que, se fosse senhor de um Gênio, poderia fazê-lo trazer-lhe riqueza e o que mais quisesse; ficou assim muito ansioso para conseguir um deles. Saiu à procura de quem lhe pudesse satisfazer esta vontade, e, finalmente, encontrou um sábio com grandes poderes e a ele pediu ajuda. O sábio lhe perguntou o que faria com um gênio: “Quero que trabalhe para mim; ensine-me como encontrar um, senhor, pois desejo muito isso!” Mas, o sábio replicou: “Não se incomode com isso, volte para casa!” No dia seguinte, porém, o homem voltou e recomeçou a lamentar-se: “Consiga-me um Gênio, senhor, preciso de um para ajudar-me!” Afinal, bem desgostoso, o sábio lhe disse: “Tome este encantamento, repita esta palavra mágica e um fantasma aparecerá, e tudo que lhe pedir ele o fará! Mas, tome cuidado, pois eles são terríveis e devem ser mantidos continuamente ocupados. Se falhar em lhe dar trabalho, ele vai tirar sua vida!” O homem respondeu: “Ah, isso é fácil, posso lhe dar o que fazer pelo resto de sua vida!” Assim falando, dirigiu-se a uma floresta e depois de longa repetição da palavra mágica, um enorme fantasma apareceu: “Sou o que pediu. Sua mágica me conquistou, mas tem que me manter ocupado. No momento que falhar em me dar trabalho, vou matá-lo!” O homem, então, declarou: “Erga um palácio!”, ao que o fantasma disse: “Está feito, palácio construído!” “Traga-me dinheiro”, falou o tolo. “Aqui está”, respondeu o outro. “Ponha abaixo esta mata e construa uma cidade em seu lugar!” “Já está concluído”, rebateu o fantasma, “mais alguma coisa?” Neste instante, o homem começou a tremer e pensou que não tinha mais nada a comandar, o outro lhe concedia tudo no ato. O Gênio replicou: “Dê-me algo a fazer ou então vou devorá-lo!” Mas, o pobre tolo não encontrava mais nada para lhe pedir e estava aterrorizado. Saiu, então, em desabalada carreira até encontrar o sábio, a quem implorou: “Oh, senhor, proteja-me!” O sábio lhe perguntou o que estava acontecendo: “Nada mais tenho a pedir ao fantasma. Tudo que lhe comando, realiza em um instante e agora ameaça devorar-me se não lhe der algo a fazer!” Ao dizer isto, o fantasma surgiu dizendo logo: “Vou lhe engolir agora!” e o teria feito. O homem começou a tremer e pediu ao sábio que lhe salvasse. “Vou encontrar uma saída”, disse o sábio. “Vê aquele cão de cauda enrolada? Corte-lhe a cauda com sua espada e dê ao fantasma para que a endireite!” O homem cortou o rabo do cachorro e o deu ao outro dizendo: “Endireite isso para mim!” O fantasma, olhando aquilo, com cuidado e vagarosamente o estendeu, mas tão logo o soltava, o rabo instantaneamente se enrolava outra vez. Mais uma vez, laboriosamente o esticou, apenas para ver que, tão logo o soltava, se enrolava novamente. De novo, com paciência o esticava, mas logo que o libertava, se encolhia outra vez. Continuou assim por vários dias, até que, exausto, reconheceu: “Nunca antes em minha vida encontrei tal dificuldade. Sou um velho e veterano Gênio, mas nunca me achei em tal situação”. “Vamos fazer um acordo”, disse ao homem, “me liberte e deixarei que mantenha tudo que lhe dei, com a promessa de que não lhe molestarei mais!” O homem ficou muito satisfeito e aceitou a oferta com alegria.

Este mundo é como a cauda enrolada de um cachorro e as pessoas têm se esforçado para esticá-la por séculos, mas quando pensam que a tarefa terminou, ela já está encolhida novamente. E como poderia ser diferente? Primeiro se deve aprender como agir sem apego, então se deixará de ser teimoso. Quando sabemos que o mundo é como o rabo enrolado do cão e que nunca será endireitado, não nos tornaremos obstinados. 
Fonte: A obra Karma Yoga, de Swami Vivekananda 

A Chave para a Dimensão Espiritual, por Eckhart Tolle

"Há quem goste de se envolver em atividades perigosas, como escalar montanhas, corridas de automóvel, vôos de asa-delta, pela simples razão de que estas atividades as trazem ao Agora, livres do tempo, dos pensamentos e obrigações pessoais. Em tais casos, desviar a atenção do momento presente, por um segundo que seja, pode significar a morte! Todavia, passam a depender do perigo para ficarem neste estado.
Desde a antiguidade, mestres espirituais de todas as tradições, apontam o Agora como a chave para a dimensão espiritual. Mas, parece que isso permaneceu como algo hermético. Com certeza não é ensinado em igrejas nem templos. Se você vai a uma igreja, pode ouvir passagens como 'Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois este cuidará de si mesmo', ou 'Ninguém que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o Reino de Deus!' A profundidade e real natureza destes ensinamentos não são reconhecidas. Ninguém percebe que os ensinamentos foram formulados para serem vividos, e assim, provocarem profunda transformação interior.
Toda a essência do Zen consiste em caminhar sobre o fio da navalha do Agora, em estar tão absolutamente presente que nenhum problema, nenhum sofrimento, nada que não seja quem somos em essência, possa permanecer em nós. No Agora, na ausência do tempo, todos os nossos problemas se dissolvem. O sofrimento precisa do tempo e não consegue sobreviver no Agora.
O grande mestre zen Rinzai, visando desviar a atenção de seus alunos do fator tempo, levantava o dedo com frequência e calmamente perguntava: 'O que está faltando neste exato momento?' Uma pergunta poderosa que não pode ser respondida no plano da mente. É formulada para conduzir uma atenção profunda ao Agora. Outra indagação muito usada nesta  tradição é: 'Se não é agora, então quando?'
Rumi, o grande poeta e mestre sufi, ensinava: 'Passado e futuro encobrem Deus de nosso olhar, ponha fogo em ambos!'
Fonte: "O Poder do Agora", edit. Sextante, 2002.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"You Have to Come out of All Delusion"...by Sri Mooji

"I am opening the door to true understanding
and direct experience for you.
You have to come out of all delusion
and the biggest one is, 'I am the body and the person.
I am the 'thinker' of thoughts and the 'doer' of actions.
I am the giver and receiver.'
Such delusions must vanish altogether.
But we cannot somehow just snap the finger
and come out of delusion
- even if you say it is all you really, really want.
But you have said Yes to Truth even though, at
present, it is not firmly established inside your heart.
This Yes is opening doors
in the visible and invisible realms.
Something is being refined by Grace
in order that Truth gets established in the heart.
There is a space there, an unshared space.
Two kings cannot sit on one throne.
You don't have to be a perfect sage
but you have to want the Truth perfectly.
Something perfect and infinite is here,
and I cannot say what it is, for it is wordless."

terça-feira, 20 de outubro de 2015

The Incomparable Gift of Your Self

"You are Always Emptyness..."

"Pure joy is not a state.
It’s not, 'Wow, I am having a really good time.'
Good time, bad time—such times make no difference to the Self.
You don't know what good time and bad time is.
You only know the joy of the Supreme.
You are always empty.
Inside, outside: empty.
You don't know how to measure anything.
This emptiness is not a measure.
It’s just your joy—the joy that was there from before the beginning of this world.
And it is here during the great play of the world.
And after the show of the world is over, it will still be here.
Here inside your Heart you find it."
~ Mooji

domingo, 18 de outubro de 2015

The Awareness of Your Search...

"You are searching for something,
and there is Awareness of your search.
The Awareness of your search, is it searching?
Is it not a stillness?
No anxiety is there, no duality is there.
Nothing to report, nothing to achieve.
Nothing to heal, nothing to change.
Nothing to fix, nothing to get.
Again, nothing loose, nothing like that is there.
But the mind is very near, coming, coming:
"What are you going to do now?"
And something goes: "W
hat am I gonna do now?"
And both are still watched from this place.
Where are you? Who actually are you?"
- Mooji

sábado, 17 de outubro de 2015

Prior to Consciousness, teachings by Nisargadatta Maharaj



Maharaj: You have come here and you are sitting here, but this doesn't mean that you are expected to sit here for 24 hours continuously for days and days. You have come here for a short while, then you will go, again you will come. Like that, this body is a place for dwelling for a short while.
Having stabilized in the Absolute, the distinction is clearly made of beingness and prior to beingness.
Questioner: In the old days, it says in the Upanishads, any disciple had to stick close to the Guru for one year without opening his mouth, and only then he could ask questions.
M. When he sits in close proximity to a Guru the capacity of his beingness to receive this teaching becomes mature. His capacity to understand increases. It arises within him, it does not come from outside him
You must come to a firm decision. You must forget the thought that you are a body and be only the knowledge "I Am," which has no form, no name. Just be. When you stabilize in that beingness it will give all the knowledge and all the secrets to you, and when the secrets are given to you, you transcend the beingness, and you, the Absolute, will know that you are also not the consciousness. Having gained all this knowledge, having understood what is what, a kind of quietude prevails, a tranquility. Beingness is transcended, but beingness is available.
Q. What is that state?
M. It is something like a deer taking rest in the shadow of a tree. The color of the shadow is neither light nor very dark, this is the borderland. Neither jet black nor very bright, halfway between them, that is that shadow. Deep blue, like clouds, that is that state. That is also the grace of the Sat-Guru. Everything is flowing out of that state, but this principle does not claim anything, is not involved in anything that is coming out of it, but this beingness is available. That deep, dark blue state, the grace of the Sat-Guru. This is the state of the jnani, this is a very, very, rare, natural samadhi state, the most natural state, the highest state.
You must have a firm conviction about this. Once the decision is taken, there is no moving away from it. The fruition of your spirituality is to fully understand your own true nature, to stabilize in your true identity. One must have patience, the capacity to wait and see(Prior to Consciousne
ss- Nisargadatta Maharaj)

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

As Estratégias da Mente, como ensinado por Sri Ramakrishna

Esta passagem, que é uma verdadeira parábola-viva, tem muito significado para a vida moderna. Em qualquer cidade que se esteja, em qualquer lugar do mundo, as pessoas estão vivendo de modo muito artificial. Suas linhas de vida, por assim dizer, se afastaram do natural, e a tônica nestas cidades é: competir, consumir, aparentar ser, antagonizar, tudo temperado de imediatismo e artificialidades. A estratégia mais importante é a ‘dissimulação’, ou seja, a arte de enganar o próximo. Em nossa sociedade mercantil, preparar bem as ‘iscas’ que encobrem um indesejável anzol, a fim de garantir rápida clientela, é uma prática convencional e até tradicional. Faz parte dos rudimentos do mundo dos negócios. Quem é que já não se sentiu, alguma vez, sendo ‘fisgado’? Bem, vemos aqui Sri Ramakrishna explicando, ou melhor, lançando luz, sobre a verdade desta situação.

Swami Abhedananda, cujo nome de família era Kali,  relata o seguinte episódio: "quando éramos ainda rapazes servindo a Sri Ramakrishna, certa vez nos reunimos para ir pescar; meus companheiros, Narendra e Niranjan, não tinham muita experiência na pesca com caniço, por isso, enquanto eles pegaram apenas um peixe, eu pude pegar 4 ou 5. Notícias de minha habilidade de pescar chegaram aos ouvidos do Mestre, assim certa noite, enquanto eu o estava servindo, ele me perguntou: “É verdade que você apanhou muitos peixes com uma vara de pescar?” “Sim,senhor”, foi minha resposta. Então, o Mestre replicou: “É um pecado apanhar peixe com um caniço, pois assim seres vivos estão sendo mortos!”

Em minha defesa, fiz uma citação do Gita: “Aquele que pensa que o Atman é um assassino, tanto quanto o que pensa que o Atman é morto, é ignorante, pois o Atman nem mata nem pode ser morto”. Então, acrescentei: “Assim, porque deveria ser um pecado apanhar o peixe?” O Mestre sorriu e procurou fazer-me entender por vários argumentos: “Quando se alcança verdadeiro conhecimento, não se dá passos em falso!” Súbito, principiou a tossir, e havia um pouco de sangue em sua saliva. Fiquei amedrontado: “Senhor, se continuar a falar isso agravará sua doença. Por favor, não fale mais!” Então, o todo-misericordioso Mestre me disse: “Eu o considero um dos rapazes mais inteligentes dentre os demais. Você compreenderá o que lhe disse através da meditação!”
Então, eu me retirei e conforme suas instruções, comecei a meditar naquilo. Depois de três dias, realizei o significado por detrás da advertência do Mestre. Procurei-o e lhe disse: “Senhor, agora compreendi porque é errado apanhar o peixe. Não farei mais isso. Por favor, me perdoe!” O Mestre ficou muito contente ao ouvir isto. Ele falou: “É enganoso pescar desta maneira. Ocultar um anzol dentro de uma isca e esconder veneno no alimento oferecido a algum convidado, são pecados da mesma espécie.” Humildemente aceitei o que o Mestre disse e senti sua grande compaixão por mim. Mas, ele ainda acrescentou: “É verdade que o Atman nem mata nem é morto. Porém, aquele que compreendeu esta verdade realizou o próprio Atman, assim, porque deveria manter a tendência de matar os outros? Enquanto esta tendência em matar se mantém, ele não está identificado com o Atman, nem possui qualquer Auto-conhecimento. Por isso afirmei que ao alcançar real conhecimento, a pessoa não dá mais nenhum passo fora de ritmo. Você deve entender que o Atman se acha além do corpo, além dos órgãos dos sentidos, da mente e do intelecto, e que ele é a testemunha do fenômeno”. As palavras do Mestre penetraram-me e eu realizei a verdade!”

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

"In the Beginning it is empty, in the end it is Full" by OSHO

"Once in a while it happens naturally – because it is your very nature to be free. So once in a while, in spite of you... seeing a sunset, suddenly you forget all your desires. You forget all lust, all hankering for pleasure. The sunset is so beautiful so overwhelming, that you forget the past and the future; only the present remains. You are so one with the moment, there is no observer and no observed. The observer becomes the observed. You are not separate from the sunset.
"You are bridged; in such a communion you come into a clearing, and because of the clearing you feel joyous . But again you are back into the black hole for the simple reason that coming out into the clearing you need courage to remain in the empty sky.
"That's what I call sannyas.
"This courage I call sannyas – not escaping but coming into the clearing, seeing the sky unclouded, listening to the songs of the birds without distorting. And then again and again you are becoming more and more attuned with the emptiness and the joy of being empty. Slowly slowly, you see that emptiness is not just emptiness; it is fullness, but a fullness of which you have never been aware, a fullness of which you have never tasted.
"So in the beginning it looks empty; in the end it is full, totally full, overflowingly full. It is full of peace, it is full of silence, it is full of light." ~ Osho

sábado, 10 de outubro de 2015

Parábola dos Dois Construtores de Castelos

Construindo Castelos...

Sol escaldante. Ar salgado. Ondas rítmicas. Um garotinho, ajoelhado, retira e armazena areia em um balde azul. Logo, invertendo o balde sobre a areia, levanta-o. Para a alegria do pequeno arquiteto, a torre de um castelo surge. Durante toda tarde ele trabalha. Com uma colher, vai cavando o fosso. Erguem-se as muralhas. Pontas de garrafa serão as sentinelas e palitos de picolé, as pontes. Um castelo de areia será construído.

Cidade grande. Ruas movimentadas. Tráfego barulhento. Um homem está em seu escritório. Em sua mesa, papéis estão sendo empilhados, enquanto ele distribui tarefas. Com o telefone pendurado em seu ombro, ele bate em um teclado com os dedos. Confere os números e contratos são confirmados, e, muito para seu deleite, um bom lucro é alcançado. Toda sua vida ele irá trabalhar, formulando planos, prevendo o futuro. Anuidades serão as sentinelas. Ganhos de capital serão suas pontes. Todo um império se erguerá.

Dois construtores de castelos. Eles têm muito em comum. Fazem grandezas de pequenos grãos. De início, de nada sabem, mas logo, surge algo novo. São diligentes e determinados, mas, para ambos, a maré se erguerá e o final acontecerá. Porém, é aí que as semelhanças terminam.

Pois o garotinho antevê o final, enquanto o homem o ignora. Observe o menino ao se aproximar o anoitecer. Quando as ondas chegam perto, a sábia criança se endireita e bate palmas. Não há tristeza, não há medo, não se lamenta. Ele sabia que isso ia acontecer. Não está surpreso e quando a grande onda se quebra sobre o castelo, arrastando sua obra prima para o mar, ele sorri! Sorri, apanha suas ferramentas, toma da mão de seu pai e volta para casa.

O adulto, todavia, não é tão sábio. Quando a maré dos anos desaba sobre seu castelo, ele fica aterrorizado. Rodeia seu monumento de areia afim de protegê-lo. Tenta bloquear as ondas que se lançam de encontro às paredes que ele construiu. Ensopado e trêmulo, ele rosna à vista da maré enchente. “É meu castelo!”, ele desafia, mas o oceano não responde! Ambos sabem a quem as areias pertencem.

Não sei bastante sobre castelos de areia. Mas crianças sabem. Observe-as e aprenda. Siga em frente e construa, mas com um coração de criança. Quando o sol se esconder e a maré subir, aplauda. Celebre o processo da vida e então retorne, na manhã seguinte... para alegremente construir um castelo melhor!

"To Seek the Immutable go Beyond Experiences..."

"You want something like a round-the-clock ecstasy.
Ecstasies come and go, necessarily, for the human brain cannot stand the tension for a long time. A prolonged ecstasy will burn out your brain, unless it is extremely pure and subtle.
In nature nothing is at stand-still; everything pulsates, appears and disappears. Heart, breath, digestion, sleep and waking — birth and death, everything comes and goes in waves. Rhythm, periodicity, harmonious alternation of extremes is the rule. No use rebelling against the very pattern of life.
If you seek the Immutable, go beyond experience.
When I say: remember ‘I am’ all the time, I mean: ‘come back to it repeatedly’. No particular thought can be mind’s natural state, only silence. Not the idea of silence, but silence itself.
When the mind is in its natural state, it reverts to silence spontaneously after every experience or, rather, every experience happens against the background of silence.
Now, what you have learnt here becomes the seed. You may forget it — apparently. But it will live and in due season sprout and grow and bring forth flowers and fruits.
All will happen by itself. You need not do anything, only don’t prevent it."
Sri Nisargadatta Maharaj
I Am That, page 242

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Por que estamos inconscientes de nossa Divindade? (II)

O Conceito de Maya
A Vedanta declara que nossa verdadeira natureza é divina: pura, perfeita, eternamente livre. Não temos de nos tornar Brahman, isto já somos. Nosso Ser genuíno, o Atman, é um com Brahman.
Porém, se nossa autêntica natureza é divina, por que então nos encontramos tão espantosamente ignorantes dela? A resposta a esta questão jaz no conceito de maya, ou ignorância. Maya é o véu que encobre nossa real natureza e a real natureza do mundo a nossa volta. Maya é, fundamentalmente, inescrutável: não sabemos por que ela existe e desconhecemos quando principiou. O que sabemos de fato é que, como toda outra forma de ignorância, maya cessa de existir com o despertar do conhecimento, o conhecimento de nossa própria essência divina.
Brahman é a verdade genuína de nossa existência: n’Ele vivemos, nos movemos e n’Ele existimos. “Tudo isto é, em verdade, Brahman”, nos ensinam os Upanishads, as escrituras que formam a filosofia Vedanta. O mundo variável que observamos a nossa volta pode ser comparado às imagens móveis em uma tela de cinema: sem aquela invariável tela como fundo, não poderia haver nenhum cinema. De modo semelhante é aquele imodificável Brahman, o substrato da existência, que, como pano de fundo para este mundo cambiável, confere a ele sua realidade.
Mesmo assim, para nós, esta realidade se acha condicionada, como um espelho recurvo, pelos conceitos de tempo, espaço e causalidade, constituindo a lei de causa e efeito. Nossa visão da realidade se encontra ainda mais obscurecida por uma identificação equivocada: identificamo-nos com o corpo, a mente e o ego, mais que com o Atman, o Ser divino.
Este equívoco hereditário gera ainda mais ignorância e sofrimento, como um efeito dominó: ao nos identificarmos com o corpo e a mente, receamos enfermidade, velhice e morte; identificando-nos com o ego, sofremos com a ira, ódio e centenas de outras misérias. Ainda assim, nada disso afeta nossa verdadeira essência, o Atman.
Maya pode ser comparada àquelas nuvens que encobrem o sol: ele permanece no alto do céu, mas densas nuvens o escondem e nos impedem de vê-lo. Quando as nuvens se dispersam, tornamo-nos conscientes de que o sol ali esteve sempre. Nossas nuvens – maya aparecendo como egotismo, desamor, ganância, luxúria, ira e ambição – são afastadas ao meditarmos em nossa verdadeira natureza, ao nos engajarmos em ações inegoístas, e quando, consistentemente, pensamos e agimos de modo a manifestar nossa real natureza, ou seja, através da veracidade, pureza, contentamento, autocontrole e abstinência. Esta purificação mental carrega para longe as nuvens de maya e permite à nossa divina essência irradiar.
Shankara, o grande sábio filósofo da Índia no sétimo século, se utilizava do exemplo da corda e da serpente para ilustrar o conceito de maya. Caminhando por uma estrada escura, um homem vê uma serpente: seu coração se alarma, seu pulso se acelera. Porém, ao observar mais de perto, a “serpente” se transforma em um pedaço de corda enrolada. Uma vez que a ilusão se desfaz, a cobra desaparece para sempre.
Similarmente, caminhando pela estrada escura da ignorância, vemos a nós mesmos como criaturas mortais e, ao redor, o universo de nome e forma, condicionado por tempo, espaço e causalidade. Tomamos consciência de nossas limitações, ligaduras e sofrimentos. Porém, em uma observação mais atenta, tanto a criatura mortal quanto o universo, se revelam como Brahman. Uma vez que a ilusão se desfaz, nossa mortalidade, tanto quanto o universo, desaparece para sempre. Vemos apenas a Brahman existindo em toda parte e em tudo.
Trecho do livro "Vedanta: a Simple Introduction", de autoria da Sra. Vrajaprana, Vedanta Press, Hollywood-California, sem edição em português.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Coming from person to Presence...

"You ask, 'What to do with vasanas, the latent tendencies in the mind?
They come so fast. There is no space to observe them.'
But in the pure state of Being, everything is automatically being converted from negative to positive,
from ugly to beauty without the intention of the mind even.
Such is the Grace of the Self.
It does not have to keep up with the speed of negative reflexes and conditioning.
In fact, such negativity only relates to the one who is conditioned, the 'person'.
Awareness is not and cannot be conditioned.
If you are perceiving from the position or identity of the 'person',
you will always be late.
Even though you are Awareness essentially, experientially,
you are a 'person' because that is where your identity is virile.
And as a 'person' you have no power.
But if you are Awareness, you can never be late.
Nothing is so fast that it escapes Awareness.
Awareness does not have to respond to or react to anything.
There is nothing to compare it to.
It is the Supreme Consciousness!
It has no competitors because everything is
functioning inside its domain by its Grace.
It is your unchallengeable Being.
Recognise and be one with it."
~ Mooji, Monte Sahaja 2015

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Mergulhe Fundo, segundo a Advaita Vedanta

Mergulhe fundo...segundo a Advaita Vedanta: (Mooji)
"Você tem que mergulhar totalmente neste Existir/Ser. Apenas mergulhar nisto...sem pedir garantias contratuais. Apenas banhar-se profundamente no oceano do Ser. Apenas mergulhe sem pedir por nada, sem pedir nenhum favor. Caso tenha alguma magia em você, a melhor expressão desta 'magia' é mergulhar completamente. Esqueça sobre o aprendizado, pois pensar que sabemos algo é terrível servidão. Não saiba nada mesmo, nada! Esqueça sua pessoa e onde quer estar, e seja uma nulidade. Apenas queime toda sua morada pessoal..!"
"Siga mais adiante de tudo. Nada colecione. Um Rei não necessita ir às compras em seu próprio Reino, e não tem que mendigar! Lembre-se de que você é a realidade interior, pura atenção apenas. Tudo que lhe aparece são movimentos em sua consciência. Não se envolva com nada disso!
Permaneça como Testemunha somente. este é o segredo..!"

domingo, 4 de outubro de 2015

What is Religion?, according to Sri Nisargadatta Maharaj

What is religion?
A cloud in the sky.
I live in the sky, not in the clouds, which are so many words held together.
Remove the verbiage and what remains?
Truth remains.
My home is in the unchangeable, which appears to be a state of constant reconciliation and integration of opposites.
People come here to learn about the actual existence of such a state, the obstacles to its emergence, and, once perceived, the art of stabilising it in consciousness, so that there is no clash between understanding and living.
The state itself is beyond the mind and need not be learnt.
The mind can only focus the obstacles; seeing an obstacle as an obstacle is effective, because it is the mind acting on the mind.
Begin from the beginning: give attention to the fact that you are.
At no time can you say 'I was not' all you can say: 'I do not remember'.
You know how unreliable is memory.
Accept that, engrossed in petty personal affairs you have forgotten what you are; try to bring back the lost memory through the elimination of the known.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Swami Vivekananda as seen by Ma. Annie Besant

Algumas palavras da sra. Annie Besant da antiga Sociedade Teosófica, sobre o Swami Vivekananda tal como ela o viu em Chicago, 1.893, Parlamento das Religiões:

"A striking figure, clad in yellow and orange, shining like the sun of India in the midst of the heavy atmosphere of Chicago, a lion head, piercing eyes, mobile lips, movements swift and abrupt — such was my first impression of Swami Vivekananda, as I met him in one of the rooms set apart for the use of the delegates to the Parliament of Religions. Off the platform, his figure was instinct with pride of country, pride of race — the representative of the oldest of living religions, surrounded by curious gazers of nearly the youngest religion. India was not to be shamed before the hurrying arrogant West by this her envoy and her son. He brought her message, he spoke in her name, and the herald remembered the dignity of the royal land whence he came. Purposeful, virile, strong, he stood out, a man among men, able to hold his own."
"On the platform another side came out. The dignity and the inborn sense of worth and power still were there, but all was subdued to the exquisite beauty of the spiritual message which he had brought, to the sublimity of that matchless truth of the East which is the heart and the life of India, the wondrous teaching of the Self. Enraptured, the huge multitude hung upon his words; not a syllable must be lost, not a cadence missed! "That man, a heathen!" said one, as he came out of the great hall, "and we send missionaries to his people! It would be more fitting that they should send missionaries to us!"
Dr. ANNIE BESANT
(Represenative of Theosophy at the Parliament of Religion)  Source: Vivekanandaexpress/Facebook

Everything is God's Will

Sri Ramana Maharshi teaches that by accepting one’s own free-will as an instrument of the Divine Will one can eventually obtain peace of mind. In "Talks", He says “Acceptance of God’s will for the prescribed course of events is a great solution of the free-will problem.” He elaborates this further saying “If the mind is restless on account of a sense of the imperfect and unsatisfactory character of what befalls us or what is committed or omitted by us, then it is wise to drop the sense of responsibility and free-will by regarding ourselves as the ordained instruments of the All-wise and All-powerful, to do and suffer as He pleases. He then carries all the burdens and gives us peace."

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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