segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Indo além do ego, por Eckhart Tolle


ALÉM DO EGO: NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE
Quando o ego está em guerra, saiba que isso não passa de uma ilusão que está lutando para sobreviver. Essa ilusão pensa ser nós. A princípio, não é fácil estarmos lá como testemunhas, no estado de presença, sobretudo quando o ego se encontra nessa situação ou quando um padrão emocional do passado é ativado. No entanto, depois que sentimos o gosto dessa experiência, nosso poder de atingir o estado de presença começa a crescer e o ego perde o domínio que tem sobre nós. E, assim, chega à nossa vida um poder que é muito maior do que o ego, maior do que a mente. Tudo de que precisamos para nos livrar do ego é estarmos conscientes dele, uma vez que ele e a consciência são incompatíveis. A consciência é o poder oculto dentro do momento presente. É por isso que podemos chamá-la de presença. O propósito supremo da existência humana, isto é, de cada um de nós, é trazer esse poder ao mundo. E é também por isso que nossa libertação do ego não pode ser transformada numa meta a ser atingida em algum ponto no futuro.
O que é a compreensão da espiritualidade? A crença de que somos espíritos? Não, isso é só um pensamento.  Ele está um pouco mais próximo da verdade do que a idéia de que somos a pessoa descrita na nossa certidão de nascimento, mas, ainda assim, é um pensamento. A compreensão da espiritualidade é ver com clareza que o que nós percebemos, vivenciamos, pensamos ou sentimos não é, em última análise, quem somos. É provável que Buda tenha sido o primeiro ser humano a entender isso, e dessa maneira "anata (a noção do não-eu) se tornou um dos pontos centrais dos seus ensinamentos. E, quando Jesus disse "Negue-se a si mesmo", sua intenção era afirmar: negue (e assim desfaça) a ilusão do eu. Se o eu - o ego - fosse de fato quem somos, seria um absurdo "negá-lo". O que permanece é a luz da consciência, sob a qual percepções, sensações, pensamentos e sentimentos vêm e vão. Isso é o Ser, o mais profundo e verdadeiro eu. Quando sabemos que somos isso, qualquer coisa que ocorra na nossa vida deixa de ter importância absoluta para adquirir importância apenas relativa. Respeitamos os acontecimentos, mas eles perdem sua seriedade plena, seu peso. A única coisa que faz diferença realmente é isto: podemos sentir nosso Ser essencial, o "eu sou", como o pano de fundo da nossa vida o tempo todo? Para ser mais exato, conseguimos sentir o "eu sou" que somos neste momento? Somos capazes de sentir nossa identidade essencial como consciência propriamente dita? Ou estamos nos perdendo no que acontece, na mente, no mundo?
(Eckhart Tolle - O Despertar de uma Nova Consciência)


Para o Universo tudo tem finalidade... (Editorial)


Hoje em dia ainda há pessoas que indagam: “Bem, pq devo ser melhor ou pq tenho que me harmonizar?”  Vi em um vídeo, César Millan, o conhecido adestrador de cães, afirmar que nenhum de seus clientes reconhece a necessidade de “equilíbrio” e dizem: “Que vou ganhar com isso? Mais amigos, mais dinheiro, mais amor?” Millan ainda afirmou: “Alcançar equilíbrio é a meta da vida dos cães..!”
E temos de nos perguntar: “Mas, não é a meta da vida humana também?”
Bom, penso que ‘equilíbrio’ é consequência do que supomos seja nosso ‘background’. Ou melhor, o que podemos intuir, ou conceber, como ‘pano-de-fundo’ para nossa existência. Vamos imaginar nossa existência fazendo parte do Todo. Para o Universo, tudo tem finalidade, como para o oceano tudo que há no oceano, tem finalidade. O menor dos torvelinhos, a mais pequenina ondazinha, o menor dos moluscos, o peixinho-limpador, o maior dos predadores...tudo, enfim, tem finalidade. Nada está sobrando, nada em falta! O sabor e potencial do oceano está contido na menor de suas gotas, assim como, o sabor e potencial do Universo, da Totalidade, está embutido na menor de suas sementes. Estas ‘sementes’ todas, ao se desenvolver, haverão de manifestar a vontade e presença do Todo em toda parte. Este ‘sabor semente’ se encontra ali dentro, na fonte da vida que está em nós, como pulsação, como apreciação, como sapiência, como continuidade, etc. Saber-me ‘oceânico’ ou ‘univérsico’ é destino de cada semente: a mensagem sutil do Universo está chegando continuamente a você, mas você tem que se tornar “receptivo”, aberto, como que de ouvido apurado para poder escutar e compreender. Meditação é isto, ALINHAR-SE com Aquilo que é continuamente perfeito e único! O que mais nos pode trazer equilíbrio?
Há somente uma mensagem fluindo de modo inaudível em toda parte, porém vestida em várias tonalidades e sabores, conforme o lugar onde é captada e transformada em tradição religiosa: Tibet, Índia, antiga Grécia e Egito, antigos Incas e Mayas. Esta mensagem aponta diretamente para seu coração, e diz: “Já sabe quem é você?”

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.