sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Néctar das Palavras de Sri Ramakrishna


"Foi  apenas Ele que Se tornou o universo, os seres vivos e os vinte e quatro princípios cósmicos. Quando Ele está inativo eu O chamo Brahman; quando Ele cria, preserva e destrói, eu O chamo Shakti. Brahman e Shakti não são diferentes um do outro. Água é água, quer parada ou em movimento.
É impossível livrar-se da ‘consciência do eu’. Enquanto se é consciente deste ‘senso do eu’, não se pode falar do universo e seus seres vivos como irreais. Você não terá o peso correto do abacate se deixar de lado a casca e o carôço.
O tijolo, a cal e o pó de tijolo dos quais os degraus são feitos, são os mesmos tijolos, cal e pó de tijolo com os quais se faz o terraço. O universo e os seres vivos existem por causa da Realidade  que é conhecida como Brahman.
Os buscadores – quero dizer os vijnanis – aceitam tanto Deus com forma quanto o Sem  Forma, tanto o Deus Pessoal quanto o Impessoal. Num oceano sem praias – uma expansão infinita de água – blocos visíveis de gelo formam-se, aqui e ali, pelo intenso frio. De maneira similar, pela influência refrescante, por assim dizer, do profundo amor de Seu adorador, o Infinito reduz-Se ao finito e aparece diante do amante como Deus com forma. Novamente, quando ao nascer do sol o gelo se derrete, assim também, no despertar do Conhecimento, Deus com forma Se dissolve no mesmo Infinito e Sem Forma.
Enquanto o homem analisar com a mente, não pode alcançar o Absoluto. Enquanto você raciocinar com a mente, não terá meio de libertar-se do universo e dos objetos dos sentidos – forma, gosto, cheiro, tato e som. Quando o raciocínio cessa, você alcança o Conhecimento de Brahman. O Atman não pode ser realizado através da mente; o Atman só pode ser realizado por meio do Atman. Mente Pura, Buddhi Puro, Atman Puro – todos eles são um e o mesmo.
Apenas imagine quantas coisas são necessárias para que se perceba um objeto. Necessita-se dos olhos, da luz e da mente. Não se pode perceber o objeto deixando de lado um destes três. Enquanto a mente funcionar, como se pode dizer que o universo e o ‘eu’ são inexistentes? Quando a mente for aniquilada, quando parar de deliberar ‘pró e contra’, então entra-se em samadhi, atinge-se o Conhecimento de Brahman. Você conhece as sete notas da escala musical, não se pode manter a voz no ‘fá’ por muito tempo."
Fonte: "O Evangelho de Sri Ramakrishna", por Mahendranath Gupta

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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