quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Temos que Entender o que Significa CONSCIÊNCIA...Primeiro!

Primeiro é preciso entender o que significa ‘consciência’.
Você está andando na rua. Está consciente de muitas coisas – das lojas, das pessoas, do tráfego, de tudo. Está ciente de muitas coisas, menos de uma – de você mesmo! Você está passeando, consciente de muitas coisas, mas esquecido de si mesmo! 
 Não importa o que esteja fazendo, nunca deixe de fazer outra coisa interiormente: ficar consciente do que está fazendo. Você está comendo, está caminhando, está falando ou ouvindo, fique consciente de si mesmo. Quando estiver com raiva, fique consciente de que está com raiva. Essa lembrança constante de si mesmo cria uma energia sutil dentro de você, você começa a se cristalizar!
 Na maior parte do tempo, você é apenas um saco vazio. Nenhuma cristalização, nenhum centro de verdade – só liquidez, só uma combinação ao acaso de muitas coisas sem centro. Uma multidão, em constante mudança, mas sem ninguém que a comande. A consciência é o que faz de você o comandante do navio, não quero dizer que possua o comando, mas que seja a presença, uma presença contínua. Sempre que estiver fazendo alguma coisa, ou não estiver fazendo nada, de uma coisa tem que estar consciente: que você é!

O simples sentimento de si mesmo ( de ser ), e de que este si mesmo é (real), cria um centro – um centro de calma, de silêncio, um centro de comando interior. Trata-se de um poder interior. (...)
Se começar a ficar consciente, você começará a sentir uma energia nova em você, um fogo, uma vida nova. E, devido a esse poder, a essa energia, aquilo que dominava você se dissipa. Não tem mais que lutar contra nada!
Você tem que lutar contra a raiva, contra a ganância, contra o sexo porque você é fraco. Portanto, na verdade, a ganância, a raiva, o sexo não são o problema, a fraqueza é o problema. Quando começar a ficar forte interiormente, com um sentimento de presença interior – de que você é – suas energias se cristalizam em um  único ponto, e nasce um ‘eu’. Mesmo sem ter um ‘eu’ – um centro – você continua acreditando que você é um ‘eu’, que na verdade é o ego.
O ego é uma noção falsa de algo que ainda não existe. ‘Eu’ significa que existe um centro, mas esse centro só é criado por quem está continuamente alerta, consciente. (...) Tente ficar consciente o tempo todo e então começará a sentir que surge um centro dentro de você: as coisas começaram a se cristalizar, ocorre um centramento. Tudo passa a se relacionar com este centro.

Mas, atualmente, estamos sem este centro. Às vezes, nos sentimos centrados, quando somos obrigados a ficar conscientes. Se surgir uma situação de grande perigo, começamos a sentir um centro lá dentro, pois temos consciência de que há perigo. Se alguém o ameaça, não dá para ficar inconsciente, não dá para correr ao passado ou ao futuro, esse momento é tudo que há. Nesse instante, você não somente fica consciente da ameaça, como também de si mesmo. Nesse momento sutil, você começa a perceber o centro que há em você. É por isso que os jogos perigosos atraem as pessoas. Você está dirigindo um carro e começa a aumentar cada vez mais a velocidade, a coisa começa a ficar perigosa. Você não pode pensar, não pode imaginar, o presente se torna sólido. Nesse instante de perigo, quando a qualquer momento algo pode acontecer, fica-se repentinamente consciente de um centro dentro de si mesmo. O perigo fascina simplesmente porque, quando há perigo, você pode ficar centrado. (...) Quando a morte está próxima, a vida fica intensa e você fica centrado. Mas, se for apenas circunstancial esse centro desaparece logo que a situação terminar.
Por isso tem que ser mais interior, não fruto do momento. Tente ficar consciente diante das coisas mais comuns. Quando estiver sentado, por exemplo, tenha consciência do ato de sentar-se. Não só da cadeira, não só do ambiente em que está, da atmosfera que o cerca; mas do fato de estar sentado. Feche os olhos e sinta-se, mergulhe fundo e sinta-se!

Lin-chi fazia sua preleção matinal quando alguém perguntou: ‘Só me diga uma coisa – quem sou eu?’  Lin-chi saiu de onde estava e foi até o homem. Todos na sala ficaram em silêncio. Era uma situação incomum. Lin-chi ficou de frente para ele e o olhou nos olhos. O ar ficou pesado. O inquiridor começou a suar. Lin-chi então respondeu: ‘Não pergunte a mim. Mergulhe dentro de si mesmo e encontre quem está perguntando. Feche os olhos. Não pergunte ‘Quem sou eu?’ Entre dentro de você e descubra quem está perguntando, quem é o indagador interno. Esqueça-me. Encontre a fonte da pergunta. Mergulhe fundo em seu mundo interior.
E contam que o homem fechou os olhos, ficou em silêncio, e, de repente, se iluminou! Abriu os olhos, riu, tocou os pés de Lin-chi e disse: ‘Você respondeu! Tenho feito esta pergunta a todos e recebi muitas respostas, mas nada provou ser a resposta. Mas, você respondeu!’

Como alguém pode responder a esta pergunta: ‘Quem sou eu?’  Lin-chi apenas afirmou: ‘Não espere que eu lhe responda. Descubra quem perguntou!’ E o homem, então, fechando os olhos... encontrou seu próprio centro e a resposta! De repente, tomou consciência de sua essência mais profunda.


Isso tem que ser descoberto, e a meditação é o método que se usa para descobrir essa essência profunda. Quanto mais inconsciente estiver, mais distante de si mesmo. Quanto mais consciente, mais perto de si mesmo. Se a consciência for total, você estará no centro. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

"Quando afirmo 'Eu Sou' é simplesmente SER.."

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...foque sua mente em 'Eu Sou', que é o puro e simples S E R. Dê o primeiro passo primeiro. Toda ventura vem de dentro. Volte-se para dentro. O 'Eu Sou' você conhece. Esteja com ele todo tempo que puder, até reverter a ele expontaneamente. Antes de qualquer começo, antes de qualquer fim... Eu Sou!
Mergulhe fundo em si mesmo e vai saber que é bem fácil e bem simples! Siga em direção do 'Eu Sou'!
Ao afirmar 'Eu Sou', não me refiro a uma entidade separada, com seu corpo e núcleo. Refiro-me à totalidade da Existência, o Oceano de consciência, o inteiro universo com tudo que é e possui consciência.
Mas, as palavras mostram sua limitação. O real não pode ser descrito, apenas deve ser experimentado.
Tudo é Um, não importa quanto discordemos. Tudo se realiza a fim de satisfazer a única fonte e meta de cada desejo, aquele que todos nós conhecemos por 'Eu Sou'.
Tal como o sol se encontra refletido em bilhões de gotículas de orvalho, assim também o Eterno é repetido de modo infindável. Quando repito 'Eu Sou'...'Eu Sou', apenas afirmo e reafirmo um fato sempre presente. Não veja as palavras que podem cansar, veja a verdade por trás delas. Entre em contato com ela e conhecerá o significado completo das palavras e do silêncio - de ambos!"
Do livro "I Am That", de Sri Nisargadatta Maharaj

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

In the Inmost Centre of the Heart...

"In the inmost centre of the Heart cave, Brahman alone shines - in the form of Atman (Self) with direct immediacy as ‘I’ — ‘I’. Enter into the Heart with questing mind, or by diving deep within, or through control of breath, and abide in the Atman, dissolving the ego. (...)
The greatest tapas (spiritual practice) is to remain at peace, giving up egoism and the notion of doership (in actions), by the understanding that God does everything. Devotee should aim for peace of mind and not remain not inactive; God is the prompter from within - Antaryami - and when the mind is peaceful the urge to act is directly from Him, and may be obeyed.
Though thus resigned to God's will, the seeker should make efforts in the practice of the right method taught by the Guru, so long as he does not cease to be a seeker by the extinction of the ego.
That alone is right action, which is done with a peaceful and pure mind; all action is sinful, which is done with an agitated mind or from desire.
When any act has become fruitful, do not become proud, thinking 'This was achieved by my enterprise'; (on the other hand), become convinced that God is gracious. On failure reflect on the need to obtain divine grace.
By 'fate' is meant only action done by oneself previously with effort; hence with well-directed effort one can wipe off fate."
Selections from Guru Ramana

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

The Urgency to Know the Truth

"It is only the urgency to see the truth that can make us accept the 'what-is' in the present moment. One needs to be completely alone in this investigation. The accumulation of conceptual knowledge must be totally set aside. And such aloneness certainly does not mean isolation: it does not mean building a wall around oneself. On the contrary, this means one is not alone but represents all humanity, a universal brotherhood, regarding all separate selves as merely instruments through which the Primal Energy -- Consciousness -- functions and brings about, at any moment, precisely that which is supposed to happen according to a Cosmic Law.
It is only such an awakening of Divine Intelligence, which ends selfishness -- the cause of loneliness of the self."

~ Ramesh S. Balsekar
...from 'The One in the Mirror: See What You Truly Are!'

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ninguém nos Pode Ensinar Sabedoria...

Ninguém nos ensina ‘sabedoria’.  Sabedoria se aprende; ninguém lhe poderá ensinar a se manter acima das zonas de conflito da personalidade, o jogo de aparências.
Bem, mas para quê serve ‘sabedoria’? Para você aprender a flutuar acima das contingências humanas, como em um ‘tapete voador’.  SEJA VOCÊ MESMO significa estar acima das veleidades da mente!

Podemos observar o mesmo fato de vários ângulos ou de vários níveis. É escolha nossa!  Você pode se ver como dono de uma casa ou como parte da mobília dela! Pode se ver como montado em um cavalo, portanto, como cavaleiro ou  como parte dele. Você pode, enfim, ver-se como ‘dono’ do seu corpo ou como parte dele!  É só com você!  Temos de entender que, ao nos apossarmos de algo, um pouco de nossa identidade vai para aquele ‘algo’, e assim nos confundimos! Porém, apenas uma das posições é verdadeira e final, a outra é provisória.

Lembre-se, você costuma dizer ‘meu corpo’, ‘minha casa’, ‘meu carro’, ‘meus pensamentos’, indicando que você se considera diferente destas ‘coisas’, diferente e superior! Se algo acontece ao seu carro, isto não afeta você. Um pneu furado, por exemplo, ou falta de combustível, é com o veículo, não é com você! Se você tem um cachorro, vamos dizer, e ele teve a perna quebrada, mesmo que você se comova, não foi sua perna que se quebrou, isto não afeta você em sua identidade. Você continua sendo você mesmo! Quando surge alguma dor em seu corpo, alguma indisposição, é somente com seu corpo, não pode abater você. Você é algo diferente, é algo superior, porque pode dirigir e decidir sobre seu corpo, seu carro ou seu cachorro.
Fonte: Shantiniketan.com/Facebook

Ficando Consciente...

Ficando Consciente (Das folhas de um velho diário)
É como voltar a andar de bicicleta. Você já sabe que sabe. Não há qualquer dúvida a respeito. Você sobe ao selim e começa a pedalar, como sempre fez, há talvez 20 anos atrás. A bicicleta será outra, porém, o resto, é tudo igual. Você já sabe. É só montar e pedalar, e desfrutar da beleza e da liberdade que isto trás. Nem por um instante você duvida que pode, que sabe. Está tudo em você, interiorizado. Sem qualquer esforço, lá vai você ladeira abaixo!
No princípio da vida espiritual, começamos por aprender a meditar e colocamos nisto enorme esforço. Com o passar do tempo nos damos conta de que a situação pode ser diferente. Não há, propriamente, isto de “vou agora meditar”. Compreendemos que somos tudo que a meditação envolve, que somos o entendimento conseqüente, que somos o silêncio que procuramos alcançar. Você é aquele Eu sempre desperto que é a fonte de toda sua existência. Você já conhece isto, você já sabe.
Seja o que já sabe!
Um Maharaj indiano colocou a situação da seguinte maneira:
“Tudo de que se necessita é de uma mente tranqüila. Você não deixou sua casa e, ainda assim, está à procura do caminho para casa!”
Ficar “fazendo contas”, pensando e calculando – não é para quem já sabe.
Agora compreenda que nenhuma ação no plano físico, nem no mental, irá preenchê-lo, irá autenticá-lo e torná-lo feliz. Você já é assim, já é feliz. Não é questão de completar-se, já é completo.
Não corre nenhum perigo tampouco, pois nada lhe pode ser retirado ou acrescentado. Apenas a percepção de si mesmo se aprimora.
Algumas pessoas não têm qualquer dúvida quanto ao que são. Sou fulano de tal, agindo como fulano e não como um outro. Está consciente de ser fulano de tal sem nenhum esforço. O que mantém esta consciência – sou fulano? Ela se mantém ali e também mantém juntas todas as noções que formam a mentalidade daquela pessoa. Alguém vai ler um livro e por trás da leitura está sua capacidade de entender, de perceber, de inteligir e traduzir para seu próprio nível. É a consciência de conhecer, de compreender. Eu já sei isto! É como uma luz interior, um entendimento preexistente: esta é minha água, é meu bebedouro.
Fazendo esta averiguação em si mesmo, se alcança o mesmo conhecimento que se possui quanto ao “andar de bicicleta”.
Quarta-feira, 26 de Maio de 2004

domingo, 2 de outubro de 2016

You Cannot Be a Part-time Buddha...

"You cannot be a part-time Buddha. There are no good or bad days in or for the Self. You will not hold such comparisons as good and bad. They are not relevant. Sometimes tears happen, sometimes laughing, but it is not significant enough to talk about. The more you keep saying, "This thing or that thing happened to me," the more you are fabricating a self who will suffer its projections. Your "person" will perceive others as "persons," also and will disturb them by requiring that they relate to you as a "person" and not as the Self. So keep checking all the time. This is how you cleanse your Being of the personhood.
Live by the Light of your own heart...but make sure this heart is silent and empty."

-Sri Mooji-

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.