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Um exame da palavra “Vedanta” é revelador: “Vedanta” é uma combinação de duas palavras, “Veda”, que significa “conhecimento”, e “anta”, que quer dizer “a conclusão de”, ou, “a meta de”. Neste contexto, a meta do conhecimento não é intelectual, ou seja, aquele conhecimento limitado que adquirimos pela leitura de livros.
Aqui, “conhecimento” significa o conhecimento de Deus, tanto quanto o conhecimento de nossa própria natureza divina. Vedanta, portanto, é a busca pelo Auto-conhecimento tanto quanto a busca por Deus.
Mas, que designamos ao usar a palavra Deus? De acordo com a Vedanta, Deus é infinita existência, infinita consciência e infinita felicidade. O termo para esta impessoal e transcendental realidade é Brahman, o divino espaço do ser. Não obstante, a Vedanta ainda declara que Deus também pode ser pessoal, assumindo forma humana em cada época.
Ainda mais importante, Deus habita em nosso próprio coração como o divino Ser ou Atman. O Atman jamais nasceu e jamais morrerá. Não sendo manchado por nossas falhas ou afetado pelas vacilações do corpo e da mente, o Atman não está sujeito ao nosso pesar ou desespero ou enfermidade ou ignorância. Puro, perfeito, livre de limitações, o Atman, como a Vedanta declara, é um com Brahman. O maior templo de Deus jaz no íntimo do coração humano.
A Vedanta afirma ainda que a meta da vida humana é realizar e manifestar nossa divindade. Isso não é apenas possível, mas, inevitável. Nossa verdadeira natureza é divina; assim, a realização do Divino é nosso direito de nascimento. Cedo ou tarde, nós todos manifestaremos nossa divindade, seja nesta vida ou em futuras, pois a maior verdade sobre nossa existência é nossa própria divina natureza.
Finalmente, a Vedanta conclui que todas as religiões ensinam as mesmas verdades básicas sobre Deus, o mundo e nosso relacionamento uns com os outros. Há milhares de anos atrás, o Rig Veda enunciou: “A Verdade é uma, os sábios chamam-na por diversos nomes.” As religiões estabelecidas oferecem vários enfoques para Deus, cada qual válido e verdadeiro, cada qual oferecendo ao mundo um caminho insubstituível e sem igual rumo à auto-realização.
As mensagens conflitantes encontráveis entre as religiões devem-se mais aos dogmas e doutrinas que à realidade da experiência espiritual. Enquanto existam diferenças nas regras externas das religiões do mundo, as internas sustentam notáveis semelhanças.
(a continuar)
Desde cedo quando entendemos ser alguém, somos ensinados de que existe um Deus fora; que precisamos nos reportar a Ele de joelhos e rezar para sermos atendidos, e também temê-Lo.
ResponderExcluirMas, quando nos deparamos com novos horizontes,novos conhecimentos; precisamos ter fé e persistência para realizar Isso - Que eu sou ELA.