quarta-feira, 20 de julho de 2016

Por que estamos inconscientes de nossa Divindade?

Texto introdutório ao livro "Vedanta: a Simple Introduction", de autoria da monja Sra. Vrajaprana, da Sociedade Vedanta da Califórnia, USA, ainda sem edição em português.
"A Vedanta é uma das mais antigas e abrangentes filosofias religiosas do mundo. Baseada nos Vedas, as sagradas escrituras da Índia, a Vedanta afirma a unidade da existência, a divindade da alma e a harmonia das religiões. A Vedanta é o fundamento filosófico do hinduísmo; mas, enquanto o hinduísmo inclui aspectos da cultura indiana, a Vedanta tem aplicação universal, sendo igualmente relevante para todos os países, todas as culturas e contextos religiosos.
Um exame da palavra “Vedanta” é revelador: “Vedanta” é uma combinação de duas palavras, “Veda”, que significa “conhecimento”, e “anta”, que quer dizer “a conclusão de”, ou, “a meta de”. Neste contexto, a meta do conhecimento não é intelectual, ou seja, aquele conhecimento limitado que adquirimos pela leitura de livros.
Aqui, “conhecimento” significa o conhecimento de Deus, tanto quanto o conhecimento de nossa própria natureza divina. Vedanta, portanto, é a busca pelo Auto-conhecimento tanto quanto a busca por Deus.
Mas, que designamos ao usar a palavra Deus? De acordo com a Vedanta, Deus é infinita existência, infinita consciência e infinita felicidade. O termo para esta impessoal e transcendental realidade é Brahman, o divino espaço do ser. Não obstante, a Vedanta ainda declara que Deus também pode ser pessoal, assumindo forma humana em cada época.
Ainda mais importante, Deus habita em nosso próprio coração como o divino Ser ou Atman. O Atman jamais nasceu e jamais morrerá. Não sendo manchado por nossas falhas ou afetado pelas vacilações do corpo e da mente, o Atman não está sujeito ao nosso pesar ou desespero ou enfermidade ou ignorância. Puro, perfeito, livre de limitações, o Atman, como a Vedanta declara, é um com Brahman. O maior templo de Deus jaz no íntimo do coração humano.
A Vedanta afirma ainda que a meta da vida humana é realizar e manifestar nossa divindade. Isso não é apenas possível, mas, inevitável. Nossa verdadeira natureza é divina; assim, a realização do Divino é nosso direito de nascimento. Cedo ou tarde, nós todos manifestaremos nossa divindade, seja nesta vida ou em futuras, pois a maior verdade sobre nossa existência é nossa própria divina natureza.
Finalmente, a Vedanta conclui que todas as religiões ensinam as mesmas verdades básicas sobre Deus, o mundo e nosso relacionamento uns com os outros. Há milhares de anos atrás, o Rig Veda enunciou: “A Verdade é uma, os sábios chamam-na por diversos nomes.” As religiões estabelecidas oferecem vários enfoques para Deus, cada qual válido e verdadeiro, cada qual oferecendo ao mundo um caminho insubstituível e sem igual rumo à auto-realização. 
As mensagens conflitantes encontráveis entre as religiões devem-se mais aos dogmas e doutrinas que à realidade da experiência espiritual. Enquanto existam diferenças nas regras externas das religiões do mundo, as internas sustentam notáveis semelhanças.
(a continuar)

Um comentário:

  1. Desde cedo quando entendemos ser alguém, somos ensinados de que existe um Deus fora; que precisamos nos reportar a Ele de joelhos e rezar para sermos atendidos, e também temê-Lo.
    Mas, quando nos deparamos com novos horizontes,novos conhecimentos; precisamos ter fé e persistência para realizar Isso - Que eu sou ELA.

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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