terça-feira, 5 de outubro de 2010

Existindo como Consciência... (parte II)

A mente, neste estado de clara percepção, é a mente 'em meditação'. Neste estado, não é mais a mente pensante, ou projetiva ou condicionada. Ao ser extinta a mente, o que resta é bhava ou  pura existência. Esta experiência é denominada amani-bhava, o estado sem a mente ou Nirvana. O estado contrário é mani-bhava, é sânsara (preenchido pela mente). Você e eu (como dualidade) somos apenas a mente. Enquanto estivermos identificados com ela, estaremos bem distantes da Realidade, que é Uma sem segundo. Mas, no momento em que você se esquece da mente, torna-se Aquilo (Tat Tvam Asi).
Você não tem que solicitar a permissão de alguém para se esquecer da mente e se identificar com a Verdade de seu próprio Ser. É sua prerrogativa. Porém, se não estiver pronto para transcender a mente, nenhuma quantidade de estudo das escrituras, de sermões e exercícios espirituais póderá ajudar, porque você estará apenas seguindo sua própria mente. Temos de experienciar diretamente a Verdade, que transcende o fenomenal e supera tanto o conhecido, quanto o desconhecido. Mas, enquanto a mente estiver funcionando, a Verdade não poderá ser realizada diretamente. Pare de funcionar através da mente e se tornará consciente da Realidade. Este estado de transcender a mente é a mais elevada forma de evolução.
Para aquele que está amadurecido, o desafio agora é tornar-se um homem-deus, e para isso devemos trabalhar. Temos que suspender o jogo da mente - o jogo das 4 interpretações: de qualidade, de atividade, de adjetivos e de relacionamentos. Toma apenas uma fração de segundo para entender que é possível suspender o jogo da mente e realizar que não somos a mente! Este entendimento é suficiente!
Após havermos, desse modo, conhecido o real potencial de nossa natureza e personalidade, então podemos começar a brincar com a mente. Daí em frente, em toda atividade, haverá um novo sentido de liberdade, pois já teremos entendido que não somos aquelas limitações. Aquelas limitações e interpretações são apenas da mente, não são nossas! Qualquer experiência passa a ser, assim, como um 'trampolim' para que você se projete rumo aquela existência mais Elevada.
By Swami Chinmayananda no livro "The Highest Truth".

3 comentários:

  1. Vamos aproveitar e ver qual é nossa lenda, nossos contos de fadas, nossos heróis e nossos vilões? Assim, damos um 'chega pra lá' em tudo isso!
    Haribol

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  2. Vim convidá-lo a visitar meu blog, um pouco de poesia, rock in roll, paisagens, opiniões diversas e ad-versas...rs

    amplexos...

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  3. A fruta precisa estar madura,não há como apressar isto...

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.