quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A Chave para a Dimensão Espiritual, por Eckhart Tolle

"Há quem goste de se envolver em atividades perigosas, como escalar montanhas, corridas de automóvel, vôos de asa-delta, pela simples razão de que estas atividades as trazem ao Agora, livres do tempo, dos pensamentos e obrigações pessoais. Em tais casos, desviar a atenção do momento presente, por um segundo que seja, pode significar a morte! Todavia, passam a depender do perigo para ficarem neste estado.
Desde a antiguidade, mestres espirituais de todas as tradições, apontam o Agora como a chave para a dimensão espiritual. Mas, parece que isso permaneceu como algo hermético. Com certeza não é ensinado em igrejas nem templos. Se você vai a uma igreja, pode ouvir passagens como 'Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois este cuidará de si mesmo', ou 'Ninguém que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o Reino de Deus!' A profundidade e real natureza destes ensinamentos não são reconhecidas. Ninguém percebe que os ensinamentos foram formulados para serem vividos, e assim, provocarem profunda transformação interior.
Toda a essência do Zen consiste em caminhar sobre o fio da navalha do Agora, em estar tão absolutamente presente que nenhum problema, nenhum sofrimento, nada que não seja quem somos em essência, possa permanecer em nós. No Agora, na ausência do tempo, todos os nossos problemas se dissolvem. O sofrimento precisa do tempo e não consegue sobreviver no Agora.
O grande mestre zen Rinzai, visando desviar a atenção de seus alunos do fator tempo, levantava o dedo com frequência e calmamente perguntava: 'O que está faltando neste exato momento?' Uma pergunta poderosa que não pode ser respondida no plano da mente. É formulada para conduzir uma atenção profunda ao Agora. Outra indagação muito usada nesta  tradição é: 'Se não é agora, então quando?'
Rumi, o grande poeta e mestre sufi, ensinava: 'Passado e futuro encobrem Deus de nosso olhar, ponha fogo em ambos!'
Fonte: "O Poder do Agora", edit. Sextante, 2002.

Um comentário:

  1. Gostei do texto e a parte mais importante para mim é:No Agora, na ausência do tempo, todos os nossos problemas se dissolvem. O sofrimento precisa do tempo e não consegue sobreviver no Agora. Beijo

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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