quarta-feira, 28 de julho de 2010

A LUZ INTERIOR, uma abordagem Quântica!

Qual é a função da Luz? Revelar objetos encobertos pela escuridão e iluminar áreas que estiverem ocultas. Quando trazemos luz a um quarto escuro, imediatamente tudo que ali estiver poderá ser visto. Com freqüência, de modo metafórico, designamos a função da luz aos níveis mental e moral. Falamos, por exemplo, da luz da consciência. Quando a mente se encontra turbulenta e não pode decidir sobre o que é certo ou errado, dizemos que um tipo de obscuridade bloqueou a mente. Necessitamos de uma luz interior que nos mostre o caminho. Nós a chamamos consciência. Como a luz, ela dissipa as sombras da confusão e propicia uma ação clara. Similarmente, poderíamos dizer que o amor é uma luz. Quando uma pessoa é solitária e não possui ninguém para cuidar de si, a vida é realmente negra. Mas, se outra pessoa aparece e pode compreender e cuidar dela, a escuridão desaparece. Conseguindo nova alegria e esperança, o mundo, de imediato, se torna significativo pela luz do amor.
Poderíamos, também, falar da luz da compaixão, da luz da verdade, da luz da paz e da luz do conhecimento. Em cada caso, uma dificuldade em particular surge, comparável a algo sombrio, e uma experiência positiva de esperança, júbilo e contentamento se efetiva. Estas “luzes interiores” são mais poderosas que a luz física.


A mais importante luz interior é a luz da Consciência. Os Upanishads chamam-na nosso verdadeiro Ser. É a luz central no âmago de nossa existência, iluminando toda experiência- mesmo aquela da luz física. Embora estejamos experimentando a Consciência o tempo todo, é bastante difícil entender sua verdadeira natureza. A Consciência é a própria essência de toda existência. Não possui nem princípio, nem final: é eterna, infinita e sempre radiosa. O que denominamos por luz física- a luz do sol ou da lua, a luz dos relâmpagos ou das estrelas- todas estas luzes são “iluminadas”, ou seja, conhecidas, através de nossa luz mais íntima, a Consciência.
A Vedanta classifica a experiência existencial em três níveis de consciência: de vigília, de sonhos e de sono profundo. Quando estamos despertos, a consciência, ou percepção, se encontra sempre associada a algum objeto- um vislumbre, um som, um cheiro, um pensamento ou alguma emoção. Qualquer coisa conhecida- externa ou internamente- deve ser primeiramente percebida por meio da consciência. Ao observarmos o interior da mente, vemos um incessante fluxo de consciência, ou “experiência”, em contínuo movimento. Algumas vezes nos referimos a este fluxo como consciência objetiva, uma vez que se encontra relacionado a objetos.
Quando sonhamos, algo semelhante acontece, mas de forma diferente: nos sonhos, há elos de experiência e conhecimento tal como no estado de vigília; porém, ao regressarmos ao estado de vigília, compreendemos que aquelas vivências não foram reais. As coisas mais absurdas foram acontecendo, e nós, de algum modo, no sonho, aceitávamos como verdadeiras. Mas, enquanto durava o sonho, nos pareciam tão reais quanto no estado de vigília.
Quem é este “sonhador”? Não pode ser a mente que está desperta. Como pode a mente racional e vígil, que conhece todos os prós e contras, ser enganada pelas incoerentes ocorrências do estado de sonhos? Parece que quando nos encontramos no estado de sonhos, outra mente passa a funcionar, e esta mente sonhadora também é racional naquele estado onírico. Esta mente sonhadora é muito criativa e pode ajustar a aparência de realidade às idéias. Estas idéias, emergentes da mente sonhadora, são realidades objetivas tal como no estado de vigília.
Em sono profundo há também a luz da Consciência. Este estado é uma experiência de paz e tranquilidade. Neste estado de sono (sem sonhos), não temos experiências objetivas como no estado de vigília ou de sonhos. Quando sonhamos, não apenas esquecemos nossos corpos, mas, também, nossas preocupações, ansiedades, deveres e responsabilidades. Este esquecimento periódico da identidade vígil é extremamente necessário tanto para nossos corpos, como para nossas mentes. O movimento incessante da mente- como experimentado nos estados de vigília e de sonhos- é uma carga cansativa. Necessitamos nos aliviar dela. O sono nos traz alívio; é uma pausa neste “conhecimento”. (a continuar)
Extraído do livro "Seeing God Everywhere", do Swami Shraddananda, Vedanta Press 1996.
Mais sobre Vedanta em http://www.vedanta.org/ e http://www.vedanta.org.br/

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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