quarta-feira, 30 de junho de 2010

"Busque, mas sem Buscar!"

Havia na Índia certo guru, de tradição advaita, que chamavam de Yogaswami. Um de seus lemas favoritos era "busque, mas sem buscar!" Ora, parece muito incongruente, é o mesmo que dizer 'faça sem fazer' ou 'procure sem desejar', algo assim. Bom, mas ele deixou explicado: enquanto estivermos buscando a Deus em meditação, existem dois - Deus e o buscador ou devoto. Mas, ele não pretendia dizer que desistíssemos de nossa sadhana. O sentido real do que dizia é que, para aprofundar nossa meditação, enquanto sentados em postura de lótus, fazendo pranayama, a fim de intensificar este estado, pare de procurar e comece a realizar que você já é Aquilo pelo que está procurando. Enquanto houver procura Shiva não foi encontrado, pois procurar significa que há dois e Ele é um só! Como alcançar Isto? Yogaswami dizia: "Pare de procurar, apenas seja!" Pensando bem nisso, vemos que as palavras continuam sendo enigmáticas. Mas, ele continua a nos explicar: "Renuncie à consciência que vê e registra o que foi visto. Torne-se apenas o OM, seja um com ele e mergulhe na Realidade Última!"

Um comentário:

  1. Que interessante, falamos tanto sobre o "uno" mas algo tão fundamental como "buscar sem buscar" nunca tentamos. Sempre "nos" percebemos, e "nos" colocamos "em busca de algo que está fora de nós", quando a atitude deveria de "ser" simplesmente.
    No entanto, é a atitude "fácil difícil" bem, mas bem ADVAITA mesmo.

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.