segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ficando Consciente...

Ficando Consciente (Das folhas de um velho diário)
É como voltar a andar de bicicleta. Você já sabe que sabe. Não há qualquer dúvida a respeito. Você sobe ao selim e começa a pedalar, como sempre fez, há talvez 20 anos atrás. A bicicleta será outra, porém, o resto, é tudo igual. Você já sabe. É só montar e pedalar, e desfrutar da beleza e da liberdade que isto trás. Nem por um instante você duvida que pode, que sabe. Está tudo em você, interiorizado. Sem qualquer esforço, lá vai você ladeira abaixo!
No princípio da vida espiritual, começamos por aprender a meditar e colocamos nisto enorme esforço. Com o passar do tempo nos damos conta de que a situação pode ser diferente. Não há, propriamente, isto de “vou agora meditar”. Compreendemos que somos tudo que a meditação envolve, que somos o entendimento conseqüente, que somos o silêncio que procuramos alcançar. Você é aquele Eu sempre desperto que é a fonte de toda sua existência. Você já conhece isto, você já sabe.
Seja o que já sabe!
Um Maharaj indiano colocou a situação da seguinte maneira:
“Tudo de que se necessita é de uma mente tranqüila. Você não deixou sua casa e, ainda assim, está à procura do caminho para casa!”
Ficar “fazendo contas”, pensando e calculando – não é para quem já sabe.
Agora compreenda que nenhuma ação no plano físico, nem no mental, irá preenchê-lo, irá autenticá-lo e torná-lo feliz. Você já é assim, já é feliz. Não é questão de completar-se, já é completo.
Não corre nenhum perigo tampouco, pois nada lhe pode ser retirado ou acrescentado. Apenas a percepção de si mesmo se aprimora.
Algumas pessoas não têm qualquer dúvida quanto ao que são. Sou fulano de tal, agindo como fulano e não como um outro. Está consciente de ser fulano de tal sem nenhum esforço. O que mantém esta consciência – sou fulano? Ela se mantém ali e também mantém juntas todas as noções que formam a mentalidade daquela pessoa. Alguém vai ler um livro e por trás da leitura está sua capacidade de entender, de perceber, de inteligir e traduzir para seu próprio nível. É a consciência de conhecer, de compreender. Eu já sei isto! É como uma luz interior, um entendimento preexistente: esta é minha água, é meu bebedouro.
Fazendo esta averiguação em si mesmo, se alcança o mesmo conhecimento que se possui quanto ao “andar de bicicleta”.
Quarta-feira, 26 de Maio de 2004

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.