quinta-feira, 9 de junho de 2011

O Último Samurai e o verdadeiro poder da mente vazia...

Por incrível que possa parecer, foi ao assistir o filme "O Último Samurai", protagonisado pelo ator americano Tom Cruise, que me dei conta de quão é importante o aspecto 'mente vazia'. No filme, soldados mercenários são contratados para lutar no Japão, treinando tropas locais para fazer frente a um grupo rebelde de samurais. Estes soldados, mesmo possuindo armas de fogo, foram submetidos pelos samurais, que possuiam tecnicas de luta muito antigas. O chefe dos mercenários, um coronel americano (o ator Cruise), foi levado como prisioneiro, em estado muito precário, ao acampamento dos samurais, onde é claro sofreu várias hostilidades. Quando já se havia recuperado, fez-se amigo de um garoto, filho do chefe samurai, com quem brincava de espadas. Um dia, sendo surpreendido por alguns mestres, um deles, para evidenciar superioridade, lhe disse que viesse tentar com ele, e não com a criança. É claro, durante o treino, levou uma surra do experiente espadachim samurai. Um outro, afinal, observou: "Ele não vai aprender nada, pois sua mente está cheia de pensamentos!" Bom, essa foi a sequência que me chamou a atenção, e comigo mesmo conclui: "Sim, com a mente abarrotada de sentimentos vingativos e pensamentos de querer vencer, ele não tem mesmo como entender qualquer nova tecnica!"
Este ensinamento veio se somar a uma série de outros que enfatizam a necessidade de se alcançar 'a mente vazia'. Aqui no ocidente, consideramos que a mente cheia de conceitos, de preocupações, de planos e previsões, calculista, é uma mente educada e diligente, mente de alguém inteligente! Porém, em outras partes do planeta, aquele que tem a mente cheia de muita coisa, não pode aprender nada. Uma pequena estorieta Zen pode ilustrar melhor esta situação:
"Um mestre japonês durante a era Meiji, de nome Nan-in, recebeu certa vez um professor universitário que desejava muito conhecer o Zen. Nan-in serviu chá. Foi servindo até que a chícara de seu visitante ficou cheia, mas, não parou, continuou a servir. O professor, vendo a chícara transbordar, não conseguiu mais se conter:
'A chícara está totalmente cheia, não cabe mais nada!'
'Do mesmo modo que a chícara', comentou Nan-in, 'o senhor está cheio de suas próprias opiniões e especulações. Como posso lhe falar do Zen, a menos que, primeiro, esvazie a sua chícara?"

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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