terça-feira, 28 de dezembro de 2010

'Que bem fará ao mundo nosso amor a Deus?'

Algumas perguntas surgem com mais frequência que outras, quando se trata de crescimento interior. Algumas pertencem à sua época somente, mas outras permanecem através dos tempos. Uma destas, sempre acaba sendo apresentada aos mestres espirituais: "Por que devo me tornar 'espiritual', ou seja, praticar o reto agir, a não violência, o autocontrole, estudar as escrituras, enquanto o mundo está submerso em confusão e necessidades?" Em palavras mais simples, a mente calculista e oportunista, traz sempre uma 'carta escondida', como se diz, uma pergunta que lhe parece insuperável, e ao mesmo tempo, estratégica: "Se todos estão cegos e não há luz, porque só eu devo enxergar?"
Bem, desde tempos remotos, a mente não-desperta deseja conferir a validade da mente plenamente desperta, apresentando uma dúvida aparentemente lógica. É claro, alguém astutamente quer ver se confunde o pensamento pacífico do Instrutor disponível, no momento em que ele vê crescer, muito contra sua vontade, o número de ouvintes interessados. Vamos examinar algumas das respostas apresentadas:
Por Ramana Maharshi ao escritor inglês Paul Brunston:
"Não se preocupe com o futuro. Por ventura sabe o que toca ao presente? Existe um Ser que governa o mundo, é apenas com Ele esta preocupação. Quem criou o universo sabe melhor do que nós o que há de fazer. É Ele quem carrega o peso do mundo e não o senhor! Assim como a pessoa é, o mundo lhe parece. Se o senhor não conhece a si mesmo, como pode compreender o universo? Antes de mais nada, procure se esforçar para encontrar a Verdade em si mesmo, e só depois poderá perceber o que Se encobre por trás deste mundo que o rodeia!"
Por Sri Ramakrishna a Mahendranath Gupta:
"Este é o passatempo de vocês, pessoas de Calcutá, dar ensinamento para trazer as pessoas à luz. Ninguém reflete para considerar como obter luz para si mesmo. Quem são vocês para ensinar os outros? Aquele que é Senhor do Universo vai ensinar a cada um. Apenas Ele nos ensina, que criou o universo, que dispos o sol e a lua, homens e animais, e todas as outras coisas. Ele que forneceu meios para seu sustento, que às crianças deu os pais, a quem dotou com amor para delas cuidar. O Senhor criou tantas coisas, será que não mostrará às pessoas a maneira certa de reverenciar? Se necessitarem de ensino, Ele as ensinará. Ele é o Guia Interior!"
Por Swami Vivekananda a um aluno:
"Jamais formule esta tola questão: 'Que bem fará ao mundo nosso amor a Deus?' Deixe que o mundo prossiga: ame e não peça nada, ame e não procure mais nada! Ame e se esqueça de todos os 'ismos'. Beba da taça do amor e enlouqueça!"
(a continuar)

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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