sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Verdadeiro Relaxamento Mental, segundo a Vedanta Advaita

Com freqüência pensamos que uma troca de ocupação traz repouso à mente. Podemos achar que relaxamos, mas isto não é verdadeiro. O que usualmente se faz é: deixar de lado ocupações persistentes e cansativas para a mente em troca de algo novo, de natureza mais leve.  Porém, isto não pode ser considerado como relaxamento; verdadeiro relaxamento mental só pode ser obtido pelo  completo desapego da mente, no que se refere a arrastar consigo todo incômodo emocional, mental e físico. Apenas quando a mente estiver inteiramente livre, sem qualquer controle ou manipulação, sem ser usada em alguma função, é que desfrutará de paz e descanso.
O sentido de fadiga, desgosto ou depressão na mente, ocorre devido a uma confusão psicológica sob a qual continuamos a incorrer. Tal confusão tem origem na incorreta percepção do que é ‘sujeito’ e o que é ‘objeto’ – o ‘eu’ e o ‘não-eu’. É o ‘não-eu’, ou o ego, que é ativo, sempre fazendo alguma coisa, e que se move em toda parte . O verdadeiro ‘Eu’ é a testemunha, aquele que ilumina. Não toma parte ativa em nenhuma das funções, seja do corpo ou da mente, exceto quando os ilumina por meio de Sua inata radiância. No momento em que formos capazes de distinguir, conscientemente, entre o ‘eu’ e o ‘não-eu’,  experimentaremos alívio, descanso e tranqüilidade. Este fato surpreendente necessita particular ênfase. Não é um tanto estranho que, embora saibamos ser possuidores de um corpo e mente, por propósitos práticos, pensamos ser este corpo e mente? A lógica simples a ser aplicada é esta: se dizemos, eu tenho um corpo e uma mente, a relação entre meu ‘ser’, o corpo e a mente, é a de possuidor e possuído. O corpo e a mente são os objetos possuídos pelo possuidor, que é o Eu real. Por que, então, persiste esta confusão vazia de sentido, entre o possuidor e o possuído? Não é verdade que, em nossa vida prática, sempre tomamos o possuído pelo possuidor? Não está nossa consciência do Self identificada com o corpo e a mente? Onde foi parar o possuidor? De fato, o Eu Real não é , de modo algum, reconhecido. Tão logo descobrimos e colocamos este Eu Real em seu eterno trono de glória, experimentamos maravilhoso descanso, relaxamento, e completa desvinculação da mente, não importando o que o sistema físico possa estar fazendo. Tão logo compreendamos a independente existência deste Eu Superior, desfrutaremos do mais elevado grau de repouso, ainda que em meio da mais intensa atividade.
By Rev. Swami Jnaneswarananda, Vedanta Kesari magazine, Índia

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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