quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Iluminação ou Experiência Direta, segundo o Zen

O Zen, como experiência direta, se parece à arte de roubar. Osho ilustra o conceito de ‘iluminação’ contando a seguinte estória:


O filho de um ladrão vendo envelhecer seu pai,teve a seguinte idéia:
“Se ele está incapacitado de exercer sua profissão, quem ganhará o pão nesta família, a não ser eu? Tenho de aprender este ofício!”
Procurou seu pai e transmitiu seu pensamento, que este aprovou.
Assim, uma noite, o pai levou o filho a uma grande mansão, forçou a cerca, entrou na casa, e, abrindo um grande baú disse ao filho que entrasse no baú e tirasse de lá alguma coisa. Tão logo o rapaz entrou, deixou cair a tampa e cerrou a fechadura. Então, saindo ao pátio, golpeou fortemente a porta despertando toda casa, enquanto silenciosamente escapava pela abertura deixada na cerca. Os moradores estavam alarmados e, acendendo velas, viram que os ladrões já haviam escapado. O filho, que todo tempo permanecia confinado no baú, pensava em seu cruel pai: muito mortificado ainda, teve uma boa idéia. Emitiu ruídos como se fosse um rato. A servente chegou com uma vela para examinar o baú. Ao ser aberta a fechadura, saltou para fora o prisioneiro, apagando a chama com um sopro, e, empurrando a empregada para um lado, fugiu no escuro. Os moradores correram-lhe no encalço. Ao perceber um poço ao lado do caminho, tomou de uma grande pedra e lançou-a na água. Seus perseguidores juntaram-se à volta do poço, tratando de enxergar o ladrão que estaria se afogando na profunda grota.
Enquanto isso, o rapaz já estava de volta à segurança da casa paterna, e contava ao pai que havia escapado. O velho então lhe falou: “Não fique ofendido, filho meu, pelo que se passou. Antes, conte-me o que sucedeu.” Quando o rapaz narrou sua aventura, o velho pai completou:
“Viste? Já conseguiste, já aprendeste a arte!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.