V. Dois outros monges beneditinos me acorrem à memória, por terem vivido na Índia e haverem se misturado aos costumes e tradições religiosas locais. Um deles, do qual não me recordo o nome monástico, adotou tanto as maneiras hindus, como também um nome apropriado – Swami Abhikshitananda. Outro foi um frade, Bede Griffiths, que viveu por lá desde 1.955 até ’68, tendo inclusive fundado um ashram, ou mosteiro, no estado de Tamil Nadu. Griffiths escreveu em seu livro “O Retorno ao Centro”:
“Além de ser cristão, eu preciso ser um hindu, um budista, um muçulmano; um sikh, jainista, zoroastrista e judeu. Só assim poderei conhecer a Verdade e encontrar o ponto de reconciliação de todas as religiões... É esta revolução que tem de se processar na mente do homem ocidental.”
São muitos os exemplos de ocidentais que tiveram suas vidas inteiramente modificadas após haverem visitado a Índia. Vamos citar apenas os ‘pontos culminantes’! Um outro nome bastante conhecido é do escritor e jornalista inglês Paul Brunton, que em seu livro mais famoso “A Índia Secreta”, edt. Pensamento, relata suas conversas e seu despertar espiritual no contato, não muito prolongado, com o sábio de Arunachala, montanha sagrada ao sul da Índia, Sri Ramana Maharshi:
“Como a montanha que se destaca da selva e se ergue solitária aos céus, assim o Sábio levanta a cabeça acima da selva humana, porque sua grandeza também é solitária e sem igual. Como a Montanha do Santo Lume faz um pico isolado no cinturão da serra, assim o Maharshi, por não sei que poder misterioso, reina soberano sobre o rebanho de fiéis que o amam e cercam.”
(a continuar)
Palavras de Sri Ramana Maharshi: "A verdade permanente é tão simples. Não é nada mais que estar em seu próprio estado original. Todavia, é de admirar que para ensinar algo tão simples, inúmeras tradições foram criadas, iniciando disputas entre si sobre quem recebera autoridade divina para ensinar. Que lástima! Seja você mesmo, isso é tudo!"
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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente
Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.
O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.
Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.
Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.
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