"Esta coleção de identidades (os 'eus') procurando sua origem, pode ser comparada às ondas na superfície do oceano, imaginando o que elas são e de onde surgiram. Quando essas ondas, pela vez primeira, fizeram estas perguntas, pensavam inicialmente que eram partes do todo: 'Somos partes do Oceano! Algumas são enormes, outras pequenas; algumas estão à frente e outras atrás; mas todas nós estamos em constante movimento!' Porém, estas ondas jamais descobrirão o que realmente são se restringem sua averiguação ao estudo de seu tamanho relativo e de sua velocidade relativa. A preocupação com seus nomes e formas jamais as levará à sua essência.
Assim, tentaram algo novo. As ondas se reuniram e decidiram fazer 'satsangha', no qual deveriam, seriamente, se perguntar: 'Quem somos realmente? Qual é nossa Fonte? Qual é nossa verdadeira natureza?' Assim, cada uma das partes, cada uma das ondas, após algum tempo, acabará por descobrir que 'eu sou água!' Mas, quando esta descoberta é feita, nomes, formas e dimensões das ondas cessam de existir, de imediato. As ondas descobriram sua essência comum, natureza e realidade, que ignoravam quando previamente assumiram ser apenas nomes e formas.
A água é fonte e substância das ondas. Se surge uma onda com o conhecimento 'eu sou somente água', não há problema ao assumir uma forma, pois jamais se esquece de que é apenas água. Mas, se esquece e vem a sofrer em consequência, pode ser ajudada por outra onda que conhece a situação real: 'Você é água, apenas isso. Pare de pretender ser somente uma onda!'
Mas... as ondas se esquecem de quem realmente são! Considerando a si próprias como 'fulado de tal', iniciam uma busca interminável pela verdade, por conhecimento, por sua própria identidade. Esta busca, porém, não afeta a Realidade, o Oceano continua a ser Oceano. As sofridas e inquiridoras ondas são sempre o oceano, sempre água, mesmo inconscientes disso!"
By Sri Papaji, que foi discípulo direto de Sri Ramana Maharshi
Nenhum comentário:
Postar um comentário