Temos aqui mais uma pérola do pensamento de Sri Ramakrishna: como acender a lâmpada do Conhecimento Espiritual. Sim, o conhecimento das coisas práticas é uma parte inicial: são os conceitos, são as medidas, as percentagens, o que foi ganho e o que foi perdido. Mas, agora, para conhecer a nós mesmos, temos que abandonar estas margens aparentemente seguras e mergulhar fundo nas águas da Realidade não-conceitual.Sri Ramakrishna costumava dizer: “Este altar do corpo não deve ficar na escuridão; deve-se iluminá-lo com o lampião da Sabedoria.” O corpo humano é o mais santo de todos os templos. Swami Vivekananda dizia que os templos eram erguidos para homenagear os deuses, porém, que havia um melhor templo- o próprio homem. Ele é o Taj Mahal. Este templo não deveria ser deixado em sombras; uma lâmpada deve ser ali mantida acesa. Esta lâmpada é a luz do Conhecimento. Ramakrishna também dizia: “Uma casa sem luz indica pobreza”. E ainda mais: “Um sinal da mansão de um homem nobre, é que todas as dependências se encontram iluminadas. O pobre não dispõe de muito óleo, e, consequentemente, não pode acender tantos lampiões.”
Do mesmo modo, se a lâmpada do Conhecimento não iluminar o templo do corpo, essa pessoa é realmente pobre. Pode ter fortuna e influência, mas sem conhecimento, estará empobrecida. Sua “casa” se acha na escuridão, e sua vida é um fracasso. “Deve-se acender a lâmpada do Conhecimento no altar do coração!” O propósito da vida humana é acender esta lâmpada do Conhecimento, realizar a Deus. (...)
Tal conhecimento é signo de alguém verdadeiramente rico. Quando contemplamos uma pessoa assim, compreendemos que Deus reside em seu coração. Ela vive em grande júbilo, transmitindo sua alegria aos demais. (...) Sri Ramakrishna ainda afirmava: "Cada lar possui uma conexão para gás, que pode ser obtido dos tanques de armazenamento da Companhia de Gás. Solicite à Companhia que tudo será arranjado para seu suprimento de gás. Assim, sua casa será iluminada.”
Quando a lamparina do Conhecimento for acesa, Deus será manifestado no templo do corpo. Presentemente, sob o domínio dos sentidos e da mente, nos consideramos fracos e pobres. Mas, em realidade, estamos acima do corpo, da mente e dos sentidos. Nenhum poder do Universo é maior do que nós somos!
Há dois modos de alcançar isto; um é o modo dos devotos. O devoto se considera uma criança de Deus, ou um Seu servidor. Dessa maneira, fica intimamente relacionado a Ele, e, como resultado, torna-se também vasto e ilimitado. Deus é sem limites: ao nos tornarmos intimamente associados a Ele, também nos tornamos ilimitados. Mas, é preciso ter cuidado, pois, se pensarmos: “Eu estou a ganhar muito dinheiro”, ou, “Eu estou muito famoso”, ou ainda, “Alcancei grande reputação”, de imediato nos tornaremos de novo pequenos. Afundamos, outra vez, em nosso minúsculo eu. O outro modo é o dos jnanis. O jnani afirma: “Eu mesmo sou Deus. Eu sou Brahman”. Swami Vivekananda declarou: “Ou você diz- eu sou tudo!, ou diz- Tu és tudo! Devotos do Senhor dizem:- Tu és tudo que há!; os jnanis dizem- Eu sou tudo que há! Eles compreendem que tudo é Brahman, e, portanto, eles próprios também são Brahman.
Esta é nossa verdadeira identidade, nosso mais básico relacionamento. Mantemos tantos relacionamentos no mundo, esquecendo, porém, aquele, de fato, mais importante, o relacionamento que nos confere nossa verdadeira identidade. Por causa disso sofremos, e também causamos sofrimento aos demais. Nossa miséria vem do esquecimento de nossa real identidade. Sri Ramakrishna afirmava que o propósito da vida é nos tornarmos estáveis neste relacionamento.
Trecho do livro "The Way to God...", do Swami Lokeswarananda, Institute of Culture, Índia.
Para conhecer mais sobre Sri Ramakrishna, procure em http://www.vedanta.org.br/
Palavras de Sri Ramana Maharshi: "A verdade permanente é tão simples. Não é nada mais que estar em seu próprio estado original. Todavia, é de admirar que para ensinar algo tão simples, inúmeras tradições foram criadas, iniciando disputas entre si sobre quem recebera autoridade divina para ensinar. Que lástima! Seja você mesmo, isso é tudo!"
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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente
Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.
O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.
Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.
Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.
Qdo vivemos na ignorância do que somos, estamos na 'escuridão'. Ao compreendermos quem somos, uma gota no oceano Divino, as lâmpadas são acesas de imediato!
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