sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Por Uma Cosciência Cósmica" - Huberto Rohden

“A palavra consciência ou consciente, é composta do radical ciência ou ciente, e do prefixo com, que denota relação ou companhia. A consciência é, pois, uma relação entre dois, entre um cognoscente e um cognoscível. Quem se torna consciente de algo, lança uma espécie de ponte, estabelece um vínculo, entre o sujeito cognoscente e o objeto cognoscível; em nosso caso, entre o homem finito e o Infinito.

(...) Podemos, pois, afirmar que tanto mais livre é um ser finito, quanto mais consciente ele for da presença do Ser Infinito em si.
(...) A Realidade Infinita, é inegável, encontra-se em todo ser finito, uma vez que é onipresente, é Presença Universal. Mas, não é o fato objetivo da presença da Realidade Infinita que torna livre o ser finito; se assim fosse, toda a natureza infra-hominal, mineral, vegetal e animal, seria livre, uma vez que nela está presente a Realidade Infinita. Entretanto, o que gera a liberdade não é a presença objetiva desta realidade, mas sim, a consciência subjetiva que um ser tenha dessa presença. (...) Em outras palavras: a perfeição de um ser consiste no grau de harmonia entre o consciente finito e a Realidade Infinita.
(...) A maior ou menor harmonia entre minha consciência humana e a Realidade Cósmica determina o grau de minha liberdade – a Verdade, que me liberta. Libertação é, pois, a conscientização desta Realidade- que se chama Verdade.

Ora, sendo que a Realidade Cósmica é perfeita vida e saúde, minha vida e saúde dependem do grau de harmonização consciente que eu estabeleça entre mim e a vida e saúde do Universo. Isto é Cosmoterapia!
(...) Conscientizar, intensamente, a presença do único poder real e positivo, eis a chave mágica para neutralizar todos os males, que não passam de ausências, e não são presença. Presença é somente o bem, e onde há presença não há ausência! Onde há luz, não há trevas; onde há positivo, não há negativo!
Do livro "Cosmoterapia", de Huberto Rohden, edt Martin-Claret/Alvorada.

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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