sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Luz Interior, uma visão quântica! (II)

Neste estado de sono (sem sonhos) nos esquecemos completamente de tudo. Não estamos conscientes do corpo, da mente, do ego, nem de passado ou futuro, ou de qualquer outra coisa. Ao regressarmos ao estado vígil, dizemos a nós mesmos:- “Oh, que sono reconfortante; gostaria de haver dormido por mais duas horas!”
Não costumamos examinar ou analisar as experiências oníricas com profundidade. De modo ingênuo afirmamos:- “Oh, meu sono foi pacificador, fiquei bastante relaxado!” Não chegamos a perguntar:- “Que eu foi aquele? Era o mesmo eu do estado vígil?” Este eu que está desperto, precisa sempre de uma experiência objetiva: uma visão, um som, algum cheiro e assim por diante. Ele é intensamente ocupado. O eu sonhador também necessita, seja de objetos da memória do estado vígil, ou daqueles de sua própria criação. Em sono profundo, não há nem o eu vígil, nem o eu que sonha. É um outro aspecto da personalidade. Recordando a experiência do sono (sem sonhos), sabemos não haver desaparecido durante aquele intervalo. Nesta fase da consciência, não tínhamos nenhum conhecimento objetivo, como temos nos estados de vigília e de sonhos. Havia uma implícita conscientização de auto-existência e paz, sem a mediação do que usualmente chamamos mente.
A Vedanta aconselha os buscadores espirituais a que coordenem e analisem estas três experiências de vigília, sonhos e sono profundo, e, disto, descobrir sua verdadeira identidade. Um exame mais acurado destes estados nos dá uma visão de que, na personalidade humana, deve haver um elemento comum entre a experiência de vigília, de sonhos e de sono profundo.
Este elemento comum é o verdadeiro observador das experiências nos três estados. Nos sonhos, a pessoa não recorda o eu vígil; em sono profundo, tanto este eu vígil, quanto o eu sonhador são esquecidos. Mesmo assim, nós de algum modo sentimos uma inexplicável continuidade de identidade, interpenetrando os três estados.
Este percebedor, a testemunha dos três estados, é a Luz interior em nós- a Luz da eterna Consciência. As escrituras da Vedanta descrevem, repetidamente, a glória desta Luz, que é nosso verdadeiro Ser. A consciência, ou percepção, que experimentamos em estado de vigília e de sonhos, e mesmo aquela subjacente ao estado de sono profundo, é uma consciência rompida ou distorcida. Nosso verdadeiro Ser é pura Consciência- Consciência sem qualquer conteúdo objetivo. Não é limitada por tempo e espaço, nem por leis naturais. É a Realidade mais fundamental neste mundo e em qualquer outro.
BY  Swami Shraddhananda em "Seeing God Everywhere", Vedanta Press -
Desejando conhecer mais click em http://www.vedanta.org.br/

Um comentário:

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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