quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um Poema de Walt Whitman: "Milagres"!

Walt Whitman, poeta andarilho, viveu naturalmente sua vida na América, na segunda metade do séculoXIX. Escreveu um único livro de poemas, 'Folhas de Relva', que bem atestam seu tipo despojado e livre de viver. Swami Vivekananda quando, em 1893 veio a Chicago, participar do Parlamento das Religiões, leu este livro e gostou muito do estilo de Whitman, declarando em seguida que o poeta era o sannyasin americano. Para um hindú, o sannyasin representa um elevado ideal de vida, baseado no desapego e na renúncia. É, portanto, com alegria que oferecemos esta postagem aos nossos leitores.

Por que alguém se espanta com um milagre?

Quanto a mim, não sei de coisa alguma que não seja um milagre,
Se ando pelas ruas de Manhattan,
Ou lanço meu olhar sobre os telhados das casas na direção do céu,
Ou ando com os pés descalços ao longo da praia, bem na beira da água,
Ou permaneço sob as árvores da floresta,
Ou converso durante o dia com qualquer um a quem amo,
ou durmo na cama à noite com qualquer um a quem amo,
Ou me sento à mesa de jantar com os demais,
Ou olho para os estranhos que se sentam de frente para mim no carro,
Ou assisto as abelhas melífluas ocupadas em torno da colméia numa manhã de verão,
Ou os animais se alimentando nos campos,
Ou os pássaros, ou as maravilhas dos insetos no ar,
Ou as maravilhas do crepúsculo, ou das estrelas cintilando tão quietas e brilhantes,
Ou as exóticas e delicadas e finas curvas da lua nova na primavera;


Esses e os demais, um e todos, são milagres para mim,
A referência inteira e, contudo, cada um distintamente em seu lugar.
Para mim toda hora de luz e de escuridão é um milagre,
Cada centímetro cúbico de espaço é um milagre,
Cada jarda quadrada da superfície da terra é formada por ele,
Cada pé de suas profundezas está infestada dele.


Para mim o mar é um milagre contínuo,
Os peixes que nadam - as pedras - o movimento das ondas - os navios com os homens neles,
Que milagres mais estranhos pode haver?


Por Walt Whitman em seu livro 'Folhas de Relva'.

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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