sexta-feira, 25 de março de 2016

"O Dançarino Solitário..."

Antes de mais nada... temos de nos apresentar: somos o único observador e juiz de nossas próprias experiências; não se pode ter qualquer dúvida disso...só você conhece, mesmo que haja esquecido, todos os meandros e humores de suas passagens, ou podemos dizer, suas aventuras e desventuras. Somos a única audiência para nosso próprio espetáculo. Há um dizer antigo: "Você mesmo canta e você mesmo dança..!" Foi assim, com esta sensação de bailar sozinho, que este poema experimental foi escrito, já faz algum tempo, e que ofereço agora, neste santo dia, para você, amigo talvez desconhecido...
O Dançarino Solitário (Poema escrito em 2.003)
"Há certos momentos em nossa vida
quando parece não haver outra “saída”,em que nos sentimos encurralados e vencidos,
carecendo até de entendimento para prosseguir.
Depois de tantas provações, será que tudo irá acabar aqui?
Quê posso fazer, meu Deus, reviver ou sucumbir?

Todavia, escolho sentar-me e refletir
à luz indistinta do amanhecer: - Que há comigo?
Quem sou eu? Com o quê posso contar?
Se deixar minhas forças se esvaírem nestas lágrimas
vou ceder e entregar-me ao meu próprio abismo!?
Não... não...jamais! ... um grito ecoa na escuridão,
enquanto outra força, maior - vinda de dentro - traz-me à lembrança
feitos passados, sucessos e insucessos, altos e baixos
recordando minha própria capacidade de recuperação.
Um riso tímido se esboça em minha boca
e começo a rir de mim mesmo, baixinho,
e logo meu riso se transforma em meu cantar
e meu canto em dança, e principio a bailar pensando em mim mesmo,
no que já fui e no que sou.... e abraço-me
envolvido na alegria de meu silencioso agradecer.
E, no enlevo do agradecimento, desprendo-me... liberto-me
de meus tantos conceitos, de meus antigos medos
girando à volta do eixo das coisas passadas e
bailando na loucura de minha autocompreensão.
Assim, na insensatez aparente do meu gesto
e na doçura do meu canto à sós,
encontro o refinamento de desfrutar de minha própria companhia,
repetindo a mim mesmo como sou completo e perfeito,
sereno e feliz, simples e único em meu próprio êxtase
antes impossível !

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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