Antes de mais nada... temos de nos apresentar: somos o único observador e juiz de nossas próprias experiências; não se pode ter qualquer dúvida disso...só você conhece, mesmo que haja esquecido, todos os meandros e humores de suas passagens, ou podemos dizer, suas aventuras e desventuras. Somos a única audiência para nosso próprio espetáculo. Há um dizer antigo: "Você mesmo canta e você mesmo dança..!" Foi assim, com esta sensação de bailar sozinho, que este poema experimental foi escrito, já faz algum tempo, e que ofereço agora, neste santo dia, para você, amigo talvez desconhecido...
O Dançarino Solitário (Poema escrito em 2.003)
"Há certos momentos em nossa vida
quando parece não haver outra “saída”,em que nos sentimos encurralados e vencidos,
carecendo até de entendimento para prosseguir.
Depois de tantas provações, será que tudo irá acabar aqui?
Quê posso fazer, meu Deus, reviver ou sucumbir?
"Há certos momentos em nossa vida
quando parece não haver outra “saída”,em que nos sentimos encurralados e vencidos,
carecendo até de entendimento para prosseguir.
Depois de tantas provações, será que tudo irá acabar aqui?
Quê posso fazer, meu Deus, reviver ou sucumbir?
Todavia, escolho sentar-me e refletir
à luz indistinta do amanhecer: - Que há comigo?
Quem sou eu? Com o quê posso contar?
Se deixar minhas forças se esvaírem nestas lágrimas
vou ceder e entregar-me ao meu próprio abismo!?
Não... não...jamais! ... um grito ecoa na escuridão,
enquanto outra força, maior - vinda de dentro - traz-me à lembrança
feitos passados, sucessos e insucessos, altos e baixos
recordando minha própria capacidade de recuperação.
à luz indistinta do amanhecer: - Que há comigo?
Quem sou eu? Com o quê posso contar?
Se deixar minhas forças se esvaírem nestas lágrimas
vou ceder e entregar-me ao meu próprio abismo!?
Não... não...jamais! ... um grito ecoa na escuridão,
enquanto outra força, maior - vinda de dentro - traz-me à lembrança
feitos passados, sucessos e insucessos, altos e baixos
recordando minha própria capacidade de recuperação.
Um riso tímido se esboça em minha boca
e começo a rir de mim mesmo, baixinho,
e logo meu riso se transforma em meu cantar
e meu canto em dança, e principio a bailar pensando em mim mesmo,
no que já fui e no que sou.... e abraço-me
envolvido na alegria de meu silencioso agradecer.
E, no enlevo do agradecimento, desprendo-me... liberto-me
de meus tantos conceitos, de meus antigos medos
girando à volta do eixo das coisas passadas e
bailando na loucura de minha autocompreensão.
Assim, na insensatez aparente do meu gesto
e na doçura do meu canto à sós,
encontro o refinamento de desfrutar de minha própria companhia,
repetindo a mim mesmo como sou completo e perfeito,
sereno e feliz, simples e único em meu próprio êxtase
antes impossível !
e começo a rir de mim mesmo, baixinho,
e logo meu riso se transforma em meu cantar
e meu canto em dança, e principio a bailar pensando em mim mesmo,
no que já fui e no que sou.... e abraço-me
envolvido na alegria de meu silencioso agradecer.
E, no enlevo do agradecimento, desprendo-me... liberto-me
de meus tantos conceitos, de meus antigos medos
girando à volta do eixo das coisas passadas e
bailando na loucura de minha autocompreensão.
Assim, na insensatez aparente do meu gesto
e na doçura do meu canto à sós,
encontro o refinamento de desfrutar de minha própria companhia,
repetindo a mim mesmo como sou completo e perfeito,
sereno e feliz, simples e único em meu próprio êxtase
antes impossível !
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