domingo, 20 de junho de 2010

"Esteja Desperto", um Upanishad moderno

“Não temos que despertar a consciência, nós já somos esta Consciência. E este contínuo despertar é amoroso. Quando é amplo, quando não está fixo em alguma identidade estreita e artificial, algum anseio mesquinho, argumentação, irritação ou medo, a natureza deste despertar é incondicionalmente afetiva, carinhosa, sensível e compassiva. Todas as formas verdadeiras de misticismo são apenas portas para esta descoberta.
Sua vida é a vida do Amor. Se você tentar retirá-lo da vida, se tentar limitá-lo numa tentativa de satisfazer alguma obsessão emocional ou mental com segurança ou prazer, encontrar-se-á, em pouco tempo, a vagar através dos muitos reinos infernais da inveja, do medo, dos ciúmes, da possessividade, da frustração, dos vícios, da solidão e tanta coisa mais.
Como dar um fim a este inferno? Pare de tomar a sério as imagens mentais e estórias sobre você mesmo e outras pessoas; pare de ser complacente com elas como se fossem importantes, como se fossem confiáveis e úteis, pois o pensamento ego-centrado, qualquer deles, é uma espécie de insanidade. E, ao renunciar completamente a isto, a paz e a segurança que buscou em tantas formas transientes e limitadas, estarão em toda parte.

A palavra “iluminado” simplesmente se refere à vida sem passado e nem futuro, vida sem aquela ego-centrada fantasia, cuja totalidade é feita apenas de memória. Fantasia romântica, fantasia de riqueza e poder, fantasia política, fantasia sexual, fantasias de prestígio e segurança, etc., onde não há realidade, não há amor nem liberdade. Pare de indulgir neste tipo escapista de sonhar. Você é tudo que há, cada lampejo, cada barulho, cada aroma, sabor, sentimento, pensamento, ocasião e experiência, tudo que nasce, vive e morre é você. A idéia de uma identidade separada, com todos seus desejos conflitantes e competitividade, julgando e culpando a si mesmo e aos demais, nada mais disso faz sentido. (...) O mundo é absolutamente completo e sereno, e você se encontra emudecido com infinito amor e admiração. Palavras como bom e mau, bonito e feio, certo e errado, solidão, divisão, meu, teu, nós, eles, não significando mais qualquer coisa para você."
Um discípulo de Sri Nisargadatta

Um comentário:

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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