terça-feira, 18 de setembro de 2012

Dattatreya, o sábio que considerava a todos como seu Guru..!


Pela primeira vez, fazemos uma postagem em inglês, uma tentativa; depois de traduzí-la, será oferecida em português:

 Dattatreya is the universal Guru, isn't he? And he has said that the whole world was his Guru. If you look at evil you feel you should not do it. So he said evil also was his Guru. If you see good, you would wish to do it; so he said that good also was his Guru; both good and evil, he said, were his Gurus. It seems that he asked a hunter which way he should go, but the latter ignored his question,
 as he was intent upon his aim to shoot a bird above. Dattatreya saluted him, saying, `You are my Guru! Though killing the bird is bad, keeping your aim so steadfast in shooting the arrow as to ignore my query is good, thereby teaching me that I should keep my mind steadfast and fixed on Ishwara. You are therefore my Guru.' In the same way he looked upon everything as his Guru, till in the end he said that his physical body itself was a Guru, as its consciousness does not exist during sleep and the body that does not exist should therefore not be confused with the soul -- dehatmabhavana (the feeling that the body is the soul). Therefore that too was a Guru for him. While he looked upon the whole world as his Guru, the whole world worshipped him as its Guru. It is the same with Ishwara. He who looks upon the whole universe as Ishwara, is himself worshipped by the universe as Ishwara -- yadbhavam tadbhavathi (`as you conceive you become') What we are, so is the world. There is a big garden. When a cuckoo comes to the garden it will search the mango tree for fruit while the crow will only search the neem tree. The bee searches for flowers to gather honey, while the flies search for the faeces. He who searches for the salagrama (small holy stone) will pick it up, pushing aside all the other stones. That salagrama is in the midst of a heap of ordinary stones. The good is recognised because evil also coexists. Light shines because darkness exists. Ishwara is there, only if illusion exists. He who seeks the essence, is satisfied if he finds one good thing among a hundred. He rejects the ninety-nine and accepts the one that is good, feeling satisfied that with that one thing he could conquer the world. His eye will always be on that single good thing.

~ Sri Ramana Maharshi 


terça-feira, 4 de setembro de 2012

A graça que há em mim mesmo deve ser meu Mestre ZEN...

Aprender a rir de si mesmo é uma valiosa conquista. Rir de fatos corriqueiros, de ocorrências engraçadas ou da desgraça alheia é bem mais fácil. Há personagens na TV, no cinema ou na calçada que fazem parte da comédia da vida. Há muitas coisas engraçadas acontecendo, mas quero me referir mais à arte de rir de si mesmo, do personagem malicioso, estranho, e porque não dizer, tragicômico que somos; o personagem contraditório e afetável, profano e religioso, um livro aberto, por vezes, mas também misterioso, tantas vezes fraco e temeroso, e outras vezes heroico e generoso. Quem é este cara? Não podemos saber...mas podemos rir e sorrir dele e de suas patranhas. Até onde pude entender, não adianta reclamar muito com ele, nem criticá-lo, muito menos repudiá-lo. E o ZEN, aquela forma oriental de psicologia, nos ensina exatamente isso: não se leve tão à serio, não se valorize tanto, saia deste pedestal do eu imaginário...e o modo suave como se pode fazer isto é...com muito bom humor! Rir de si mesmo não é sinal de complacência ou  de paternalidade para com seu próprio egoísmo, não se trata de auto-adulação. Vejo que se trata mais é de haver compreendido melhor a abrangência e sutileza de nossas relações, com nós próprios, com os outros e com a vida. Quero dizer,  aprendemos a ver que a vida não depende tanto assim de nossa "figura", nem dos outros tantos figurantes do romance épico da existência, ou de suas opiniões e preconceitos. A vida parece seguir sua própria intenção, sua própria determinação e se desdobra de modo perfeito e intocado. Gostamos de influenciar, de "meter o bedelho" onde não fomos chamados, de interferir com intenção, é claro, de melhorar as coisas - com nosso olho clínico e crítico: pois bem, esqueça! Observe-se, examine-se, critique um pouco suas próprias maneiras, e depois, aceite-se! Diga para si próprio: como sou tão engraçado, tão desajeitado, tão teimoso...eu mesmo não me conheço! Rio-me...divirto-me com minhas esquisitices...e sigo em frente! Rir de mim mesmo significa que estou deixando de ser um "personagem" apenas e começo a ser o "observador" do que se passa. Na cidade em que cresci, e isso foi há muito tempo, havia uma mania entre a garotada: as balas Zéquinha! As balas vinham envolvidas em figurinhas, que mostravam o personagem em toda parte e como sendo isto ou aquilo: era o "Zéquinha em Roma", "Zéquinha alfaiate", "Zéquinha professor", "Zéquinha trambiqueiro", "Zéquinha em Salvador" e assim por diante. Da mesma forma, o Zéquinha que está em nós, devemos nos rir dele pois, do mesmo modo que ele é tão engraçado, travesso e malicioso, mas também generoso e camarada, nós também o somos. Não sou mais o Zéquinha de minha infância, aquele personagem amadureceu e se transformou, hoje comete outras gafes, outros enganos, as peraltices são diferentes...tudo bem para mim, rio-me dele, hoje dou gargalhadas com ele! E vejo que, sem querer, pratiquei o Zen, alcancei bom humor comigo mesmo e com o que mais acontece. Alguém lhe passa para trás ou se esquece de você, ou não cumpre com o prometido, ou fala mal de suas boas intensões...que se pode fazer? É ótimo...alguém lhe dá um pisão...rio-me! Assim, rindo de si mesmo e assobiando com as mãos nos bolsos como um colegial aventureiro, siga adiante que ninguém lhe pode parar. Aprenda isso...isso apenas é ZEN!!!













OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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