terça-feira, 4 de setembro de 2012

A graça que há em mim mesmo deve ser meu Mestre ZEN...

Aprender a rir de si mesmo é uma valiosa conquista. Rir de fatos corriqueiros, de ocorrências engraçadas ou da desgraça alheia é bem mais fácil. Há personagens na TV, no cinema ou na calçada que fazem parte da comédia da vida. Há muitas coisas engraçadas acontecendo, mas quero me referir mais à arte de rir de si mesmo, do personagem malicioso, estranho, e porque não dizer, tragicômico que somos; o personagem contraditório e afetável, profano e religioso, um livro aberto, por vezes, mas também misterioso, tantas vezes fraco e temeroso, e outras vezes heroico e generoso. Quem é este cara? Não podemos saber...mas podemos rir e sorrir dele e de suas patranhas. Até onde pude entender, não adianta reclamar muito com ele, nem criticá-lo, muito menos repudiá-lo. E o ZEN, aquela forma oriental de psicologia, nos ensina exatamente isso: não se leve tão à serio, não se valorize tanto, saia deste pedestal do eu imaginário...e o modo suave como se pode fazer isto é...com muito bom humor! Rir de si mesmo não é sinal de complacência ou  de paternalidade para com seu próprio egoísmo, não se trata de auto-adulação. Vejo que se trata mais é de haver compreendido melhor a abrangência e sutileza de nossas relações, com nós próprios, com os outros e com a vida. Quero dizer,  aprendemos a ver que a vida não depende tanto assim de nossa "figura", nem dos outros tantos figurantes do romance épico da existência, ou de suas opiniões e preconceitos. A vida parece seguir sua própria intenção, sua própria determinação e se desdobra de modo perfeito e intocado. Gostamos de influenciar, de "meter o bedelho" onde não fomos chamados, de interferir com intenção, é claro, de melhorar as coisas - com nosso olho clínico e crítico: pois bem, esqueça! Observe-se, examine-se, critique um pouco suas próprias maneiras, e depois, aceite-se! Diga para si próprio: como sou tão engraçado, tão desajeitado, tão teimoso...eu mesmo não me conheço! Rio-me...divirto-me com minhas esquisitices...e sigo em frente! Rir de mim mesmo significa que estou deixando de ser um "personagem" apenas e começo a ser o "observador" do que se passa. Na cidade em que cresci, e isso foi há muito tempo, havia uma mania entre a garotada: as balas Zéquinha! As balas vinham envolvidas em figurinhas, que mostravam o personagem em toda parte e como sendo isto ou aquilo: era o "Zéquinha em Roma", "Zéquinha alfaiate", "Zéquinha professor", "Zéquinha trambiqueiro", "Zéquinha em Salvador" e assim por diante. Da mesma forma, o Zéquinha que está em nós, devemos nos rir dele pois, do mesmo modo que ele é tão engraçado, travesso e malicioso, mas também generoso e camarada, nós também o somos. Não sou mais o Zéquinha de minha infância, aquele personagem amadureceu e se transformou, hoje comete outras gafes, outros enganos, as peraltices são diferentes...tudo bem para mim, rio-me dele, hoje dou gargalhadas com ele! E vejo que, sem querer, pratiquei o Zen, alcancei bom humor comigo mesmo e com o que mais acontece. Alguém lhe passa para trás ou se esquece de você, ou não cumpre com o prometido, ou fala mal de suas boas intensões...que se pode fazer? É ótimo...alguém lhe dá um pisão...rio-me! Assim, rindo de si mesmo e assobiando com as mãos nos bolsos como um colegial aventureiro, siga adiante que ninguém lhe pode parar. Aprenda isso...isso apenas é ZEN!!!













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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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