terça-feira, 18 de setembro de 2012

Dattatreya, o sábio que considerava a todos como seu Guru..!


Pela primeira vez, fazemos uma postagem em inglês, uma tentativa; depois de traduzí-la, será oferecida em português:

 Dattatreya is the universal Guru, isn't he? And he has said that the whole world was his Guru. If you look at evil you feel you should not do it. So he said evil also was his Guru. If you see good, you would wish to do it; so he said that good also was his Guru; both good and evil, he said, were his Gurus. It seems that he asked a hunter which way he should go, but the latter ignored his question,
 as he was intent upon his aim to shoot a bird above. Dattatreya saluted him, saying, `You are my Guru! Though killing the bird is bad, keeping your aim so steadfast in shooting the arrow as to ignore my query is good, thereby teaching me that I should keep my mind steadfast and fixed on Ishwara. You are therefore my Guru.' In the same way he looked upon everything as his Guru, till in the end he said that his physical body itself was a Guru, as its consciousness does not exist during sleep and the body that does not exist should therefore not be confused with the soul -- dehatmabhavana (the feeling that the body is the soul). Therefore that too was a Guru for him. While he looked upon the whole world as his Guru, the whole world worshipped him as its Guru. It is the same with Ishwara. He who looks upon the whole universe as Ishwara, is himself worshipped by the universe as Ishwara -- yadbhavam tadbhavathi (`as you conceive you become') What we are, so is the world. There is a big garden. When a cuckoo comes to the garden it will search the mango tree for fruit while the crow will only search the neem tree. The bee searches for flowers to gather honey, while the flies search for the faeces. He who searches for the salagrama (small holy stone) will pick it up, pushing aside all the other stones. That salagrama is in the midst of a heap of ordinary stones. The good is recognised because evil also coexists. Light shines because darkness exists. Ishwara is there, only if illusion exists. He who seeks the essence, is satisfied if he finds one good thing among a hundred. He rejects the ninety-nine and accepts the one that is good, feeling satisfied that with that one thing he could conquer the world. His eye will always be on that single good thing.

~ Sri Ramana Maharshi 


terça-feira, 4 de setembro de 2012

A graça que há em mim mesmo deve ser meu Mestre ZEN...

Aprender a rir de si mesmo é uma valiosa conquista. Rir de fatos corriqueiros, de ocorrências engraçadas ou da desgraça alheia é bem mais fácil. Há personagens na TV, no cinema ou na calçada que fazem parte da comédia da vida. Há muitas coisas engraçadas acontecendo, mas quero me referir mais à arte de rir de si mesmo, do personagem malicioso, estranho, e porque não dizer, tragicômico que somos; o personagem contraditório e afetável, profano e religioso, um livro aberto, por vezes, mas também misterioso, tantas vezes fraco e temeroso, e outras vezes heroico e generoso. Quem é este cara? Não podemos saber...mas podemos rir e sorrir dele e de suas patranhas. Até onde pude entender, não adianta reclamar muito com ele, nem criticá-lo, muito menos repudiá-lo. E o ZEN, aquela forma oriental de psicologia, nos ensina exatamente isso: não se leve tão à serio, não se valorize tanto, saia deste pedestal do eu imaginário...e o modo suave como se pode fazer isto é...com muito bom humor! Rir de si mesmo não é sinal de complacência ou  de paternalidade para com seu próprio egoísmo, não se trata de auto-adulação. Vejo que se trata mais é de haver compreendido melhor a abrangência e sutileza de nossas relações, com nós próprios, com os outros e com a vida. Quero dizer,  aprendemos a ver que a vida não depende tanto assim de nossa "figura", nem dos outros tantos figurantes do romance épico da existência, ou de suas opiniões e preconceitos. A vida parece seguir sua própria intenção, sua própria determinação e se desdobra de modo perfeito e intocado. Gostamos de influenciar, de "meter o bedelho" onde não fomos chamados, de interferir com intenção, é claro, de melhorar as coisas - com nosso olho clínico e crítico: pois bem, esqueça! Observe-se, examine-se, critique um pouco suas próprias maneiras, e depois, aceite-se! Diga para si próprio: como sou tão engraçado, tão desajeitado, tão teimoso...eu mesmo não me conheço! Rio-me...divirto-me com minhas esquisitices...e sigo em frente! Rir de mim mesmo significa que estou deixando de ser um "personagem" apenas e começo a ser o "observador" do que se passa. Na cidade em que cresci, e isso foi há muito tempo, havia uma mania entre a garotada: as balas Zéquinha! As balas vinham envolvidas em figurinhas, que mostravam o personagem em toda parte e como sendo isto ou aquilo: era o "Zéquinha em Roma", "Zéquinha alfaiate", "Zéquinha professor", "Zéquinha trambiqueiro", "Zéquinha em Salvador" e assim por diante. Da mesma forma, o Zéquinha que está em nós, devemos nos rir dele pois, do mesmo modo que ele é tão engraçado, travesso e malicioso, mas também generoso e camarada, nós também o somos. Não sou mais o Zéquinha de minha infância, aquele personagem amadureceu e se transformou, hoje comete outras gafes, outros enganos, as peraltices são diferentes...tudo bem para mim, rio-me dele, hoje dou gargalhadas com ele! E vejo que, sem querer, pratiquei o Zen, alcancei bom humor comigo mesmo e com o que mais acontece. Alguém lhe passa para trás ou se esquece de você, ou não cumpre com o prometido, ou fala mal de suas boas intensões...que se pode fazer? É ótimo...alguém lhe dá um pisão...rio-me! Assim, rindo de si mesmo e assobiando com as mãos nos bolsos como um colegial aventureiro, siga adiante que ninguém lhe pode parar. Aprenda isso...isso apenas é ZEN!!!













quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Néctar das Palavras de Swami Vivekananda


                    O bem está próximo da Verdade, mas ainda não é a Verdade. Depois de aprendermos a não ser perturbados pelo mal, temos de aprender a não nos alegrarmos com o bem. Devemos descobrir que estamos além do bem e do mal; devemos estudar o modo como se ajustam e compreender que ambos são necessários.
               Quando a mente está tranquila , nem bem nem mal podem afetá-la. Seja perfeitamente livre; assim, nenhum deles lhe poderá molestar, e então desfrutará de liberdade e santa alegria. O mal é a cadeia de ferro e o bem a cadeia de ouro. Ambos são cadeias. Seja livre e saiba, de uma vez por todas, que não há cadeias para você. Coloque a cadeia de ouro afim de soltar a de ferro; então, lance fora as duas. O espinho do mal está em nossa carne; apanhe outro espinho do mesmo arbusto para  extrair o primeiro, e então, jogue fora ambos e seja livre.
            No mundo, tome sempre a posição de quem dá. Dê tudo sem esperar qualquer retorno. Dê amor, dê ajuda, preste serviços, ofereça cada pequena coisa que possa, mas mantenha de fora a idéia de traficar. Não coloque condições e nenhuma lhe será imposta. Deixe-nos oferecer de nossa própria generosidade, tal como Deus nos dá.
           O Senhor é o único que dá; todos os outros são apenas comerciantes. Consiga Seu talão de cheques e será aceito em toda parte.
           Deus é a inexplicável e inexprimível essência do amor, a ser conhecida e jamais definida.
 Em nossas misérias e lutas, o mundo nos parece um lugar terrível. Porém, do mesmo modo que observamos dois cãozinhos brincando e mordendo e sabemos que aquilo, definitivamente, não nos concerne, por compreender que é apenas um jogo e mesmo uma rápida mordida não os poderá machucar, assim todas as nossas lutas são somente uma brincadeira aos olhos de Deus. Este mundo é apenas para brincar e Deus se diverte com isto. Nada nele pode tornar Deus raivoso.
Veja o oceano e não a onda; não diferencie a formiga do anjo. Cada minhoca é irmã do Nazareno. Como pode dizer que um é maior e o outro é menor?  Cada qual é grande em seu próprio lugar.
           Estamos no sol e nas estrelas tanto quanto aqui. O Espírito está além de espaço e tempo, existe em toda parte. Toda boca que louva a Deus é minha boca, cada olho que vê é meu olho. Não nos achamos confinados a nenhum lugar. Não somos o corpo; o universo é nosso corpo. Somos magos agitando varinhas mágicas e criando  cenas diante de nossos olhos à vontade. Somos como aranhas em uma grande teia, correndo pelas várias bordas segundo desejarmos. A aranha está, agora, somente consciente do local em que se acha; mas, a seu tempo, ficará consciente também de toda teia. Nós, do mesmo modo, só estamos conscientes de nossa existência, no local onde se encontra o corpo; podemos usar unicamente um cérebro. Porém, ao alcançarmos supra-consciência, ficaremos conhecendo tudo, e poderemos usar todos os cérebros. Neste mesmo instante, é possível dar um impulso à consciência e ela irá além e atuará em nível supra-consciente.
           Estamos nos empenhando em ser e nada mais; não deve restar nenhum “eu”... apenas, puro cristal a refletir tudo, mas ele mesmo sempre igual. Quando este estado for alcançado não haverá mais afazeres; o corpo se tornando um mero mecanismo, puro, sem necessidade de cuidados; não pode mais tornar-se impuro.
           Saiba que você é o Infinito e, então, o medo desaparecerá. Repita sempre: “Eu e meu Pai somos um!
Fonte:  "Inspired Talks"


segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Estado de Percepção Pura, por Mooji

"O estado de percepção pura que você é não é afetado pela atividade da mente ou do corpo. Olhos fechados ou abertos não são problema à pura percepção. Companhia espiritual não eleva este estado, do mesmo modo que companhia mundana não o diminui. A percepção pura não é um sentimento, estando assim além de bons e maus sentimentos. Também não é pessoal nem impessoal, nem ordinária nem extraordinária. Este 'estado' não possui localização, faz pouca diferença se estiver você em Arunachala ou em qualquer lugar do planeta. A percepção pura não se encontra ao final de algum grande esforço ou prática. Não pode ser dividido por tempo e espaço, e seu senso intuitivo 'EU' não se acha separado dele.
Você se une a esta percepção pura quando sua identidade se manifesta sem uma estória pessoal ou alguma força psicológica. Você é um com este estado quando ao pronunciar 'EU' estiver se referindo aquele sentido intuitivo que é sinônimo da própria Existência. Sendo esta sua posição, você não é mais aquele 'EU' que fala, que ouve, que duvida ou que crê. Nenhuma religião lhe pertence. Os papéis que possa representar são preenchidos espontaneamente e naturalmente, e você não estará mais investido neles como estava antes. Não é mais nem pai nem mãe de alguém. Nenhum julgamento tem mais significado, bem e mal são apenas conceitos para você. Cada sensação, cada sentimento, cada jogo da mente será apenas uma ondulação à superfície do oceano da vida. Quanto ainda levará para que você realize esta Verdade?"

Fonte: "Breath of the Absolute, dialogues with Mooji"

O Segredo do Trabalho, por Swami Vivekananda


Ajudar a outros materialmente removendo suas necessidades físicas é uma grande coisa, mas uma ajuda é ainda melhor se a necessidade for maior e a ajuda tiver longo alcance. Se as necessidades de alguém puderem ser removidas por uma hora, isto é de fato uma ajuda; mas, se puderem ser removidas por um ano, será maior ajuda ainda para a pessoa; porém, se suas necessidades puderem ser removidas para sempre, certamente este é o melhor auxílio que se lhe pode oferecer. O conhecimento espiritual é o único meio de destruir nossas misérias para sempre; qualquer outro conhecimento satisfaz apenas por algum tempo. É somente com o conhecimento do espírito que a faculdade de desejar é aniquilada para sempre. Assim, ajudar alguém espiritualmente é a mais elevada ajuda que se lhe pode dar. Aquele que confere ao homem conhecimento espiritual é o maior benfeitor da humanidade e, sendo assim, vamos sempre reconhecer que aqueles que ajudaram o homem em suas necessidades espirituais foram pessoas muito poderosas, pois espiritualidade é a base verdadeira de nossas vidas. Uma pessoa espiritualmente forte e assertiva, será proeminente em outros campos, se assim o desejar. Até que haja poder espiritual em alguém, mesmo as necessidades físicas não serão bem satisfeitas. Próximo ao espiritual está o auxílio intelectual. A oferta de conhecimento é bem mais elevada que a de roupas ou alimento, e até mais elevada que dar nascimento a alguém, pois a verdadeira vida consiste em conhecimento. Ignorância é morte, conhecimento é vida! A vida é de muito pouco valor se passada na escuridão, tateando pela ignorância e a miséria. Na seqüência vem, é claro, o auxílio material. Portanto, ao considerarmos a questão de ajudar alguém, temos de nos esforçar para não cometer o erro de pensar que o auxílio material é o único a ser dado. Ele não é apenas o último a ser oferecido, mas o mínimo, por não poder trazer satisfação permanente. Se quando estou faminto sinto-me miseravelmente, isso desaparece quando me alimento, mas a fome retorna. Minha carência só irá desaparecer quando estiver satisfeito além de qualquer necessidade. Então, estar faminto não me tornará miserável, nenhum stress, nenhuma dor será capaz de afetar-me. Assim, aquela ajuda que tenciona nos tornar fortes espiritualmente é a mais elevada, próximo a ela está a ajuda intelectual e logo depois vem a ajuda material.

Fonte: "KARMA YOGA" by  Swami Vivekananda




















sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Néctar das Palavras de Sri Ramakrishna


"Foi  apenas Ele que Se tornou o universo, os seres vivos e os vinte e quatro princípios cósmicos. Quando Ele está inativo eu O chamo Brahman; quando Ele cria, preserva e destrói, eu O chamo Shakti. Brahman e Shakti não são diferentes um do outro. Água é água, quer parada ou em movimento.
É impossível livrar-se da ‘consciência do eu’. Enquanto se é consciente deste ‘senso do eu’, não se pode falar do universo e seus seres vivos como irreais. Você não terá o peso correto do abacate se deixar de lado a casca e o carôço.
O tijolo, a cal e o pó de tijolo dos quais os degraus são feitos, são os mesmos tijolos, cal e pó de tijolo com os quais se faz o terraço. O universo e os seres vivos existem por causa da Realidade  que é conhecida como Brahman.
Os buscadores – quero dizer os vijnanis – aceitam tanto Deus com forma quanto o Sem  Forma, tanto o Deus Pessoal quanto o Impessoal. Num oceano sem praias – uma expansão infinita de água – blocos visíveis de gelo formam-se, aqui e ali, pelo intenso frio. De maneira similar, pela influência refrescante, por assim dizer, do profundo amor de Seu adorador, o Infinito reduz-Se ao finito e aparece diante do amante como Deus com forma. Novamente, quando ao nascer do sol o gelo se derrete, assim também, no despertar do Conhecimento, Deus com forma Se dissolve no mesmo Infinito e Sem Forma.
Enquanto o homem analisar com a mente, não pode alcançar o Absoluto. Enquanto você raciocinar com a mente, não terá meio de libertar-se do universo e dos objetos dos sentidos – forma, gosto, cheiro, tato e som. Quando o raciocínio cessa, você alcança o Conhecimento de Brahman. O Atman não pode ser realizado através da mente; o Atman só pode ser realizado por meio do Atman. Mente Pura, Buddhi Puro, Atman Puro – todos eles são um e o mesmo.
Apenas imagine quantas coisas são necessárias para que se perceba um objeto. Necessita-se dos olhos, da luz e da mente. Não se pode perceber o objeto deixando de lado um destes três. Enquanto a mente funcionar, como se pode dizer que o universo e o ‘eu’ são inexistentes? Quando a mente for aniquilada, quando parar de deliberar ‘pró e contra’, então entra-se em samadhi, atinge-se o Conhecimento de Brahman. Você conhece as sete notas da escala musical, não se pode manter a voz no ‘fá’ por muito tempo."
Fonte: "O Evangelho de Sri Ramakrishna", por Mahendranath Gupta

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Praticando "auto-controle" como forma de bem-viver...

Todos nós, onde quer que estejamos, independente de raça ou religião, precisamos conhecer algumas regras básicas muito úteis para viver bem em sociedades. Em qualquer de nossas relações, a prática do auto-controle é bastante importante e poderíamos dizer, até básica. Auto-controle ao que nos referimos significa não levar adiante nossos impulsos naturais, restringindo-os...de modo que nossa presença não se torne incômoda aos demais. Refiro-me, é claro, em primeiro plano, ao controle da palavra, seguindo-se o controle do comer, do consumir, do criticar e até mesmo, porque não dizer, do sexuar..! Ninguém aprecia pessoas descontroladas, não é verdade? Os que falam em demasia, ou comem demasiado, ou consomem demasiado ou criticam, são sempre objeto de troça, bem ou mal humorada. Restringir nossos impulsos, portanto, todos reconhecemos como necessário, porém, poucos são bem sucedidos nesta empreitada. Porque? Porque temos de trabalhar onde os impulsos começam e não onde eles se mostram, onde eles são exigentes. Para nosso auto-controle ser efetivo temos de começar pelos pensamentos. Que pensamentos nos são de utilidade e quais aqueles que são apenas sobras do passado ou mesmo, pensamentos estranhos a nós? Que pensamentos nos podem conduzir adiante e que pensamentos nos aprisionam? Que pensamentos são vitoriosos e que pensamentos são derrotistas? Alguns pensamentos nos elevam, nos energizam, outros nos rebaixam, nos deprimem, nos desviam..! Assim, é claro, que algum tipo de controle e de verificação devemos ter sobre os pensamentos e é este o significado de "centramento". Comece por reconhecer que você é diferente dos pensamentos, que você pode selecioná-los ou mesmo, neutralizá-los; e que assim, você se encontra em um nível de superioridade para com eles, sendo seu instrutor e não o contrário. Con-centração não pode ser um esforço cego, não pode acontecer às tontas, "centramento" é um estado natural, desde que entendamos toda a situação. AUTO-CONTROLE é, assim, uma disposição natural de saber administrar nossas energias, reconhecendo como "angariar" e como "reservar" nossas energias. Isto é assunto de sabedoria, ao passo que desperdiçar energia é assunto de ignorar sabedoria..!

domingo, 25 de março de 2012

Segue Conscientizando-te...continuamente!

"SEGUE CONSCIENTIZANDO-TE...continuamente
e nunca penses em aqui concluir, assim superas o tempo,
segues educando-te e começas tua liberdade de viver.
O encanto de somente existir!
A maravilha de apenas viver!
Flexibilizar, suportar, ignorar, simpatizar e unicamente.. sorrir.
Todas as coisas e situações chegam para logo partir;
aceitar tudo sem resistência de expectativas,
este reto entendimento faz a pessoa fluir.
Com esforço consciente para corrigir-te
começa tua liberdade de viver.
O encanto de somente existir!
A maravilha de apenas viver!
Flexibilizar, suportar, ignorar, simpatizar e unicamente...sorrir!"

Fonte: Diretor espiritual do Centro Ramakrishna-Vivekananda, Swami Pareshanandaji, Buenos Aires, Argentina.

A Real Linguagem do Amor...

"Muitas pessoas afirmam - 'eu amo você...'  num dia, para no seguinte negar tudo. Isso não é amor! Aquele cujo coração está pleno com amor a Deus, não poderá voluntariamente magoar ninguém. Quando se ama a Deus sem reservas, Ele preenche seu coração com amor incondicional por todos. Este tipo de amor nenhuma linguagem humana pode descrever. A pessoa comum é incapaz de amar dessa maneira. Centrado na sua consciência pessoal de 'eu e meu', ele ainda não descobriu o Deus todo-presente, que nele reside e nos demais.
Para mim, não há diferença entre uma pessoa e outra, considero a todos como reflexos anímicos do único Senhor. Não posso pensar em ninguém como um estranho, pois sei que todos somos parte do Espírito Único.
Quando se pode experimentar o verdadeiro sentido da palavra 'religião', que é conhecer a Deus, se saberá que Ele é seu próprio SER e que existe, imparcialmente, em toda parte. Só então você será capaz de amar aos outros como seu próprio Ser...!"

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Indo além do ego, por Eckhart Tolle


ALÉM DO EGO: NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE
Quando o ego está em guerra, saiba que isso não passa de uma ilusão que está lutando para sobreviver. Essa ilusão pensa ser nós. A princípio, não é fácil estarmos lá como testemunhas, no estado de presença, sobretudo quando o ego se encontra nessa situação ou quando um padrão emocional do passado é ativado. No entanto, depois que sentimos o gosto dessa experiência, nosso poder de atingir o estado de presença começa a crescer e o ego perde o domínio que tem sobre nós. E, assim, chega à nossa vida um poder que é muito maior do que o ego, maior do que a mente. Tudo de que precisamos para nos livrar do ego é estarmos conscientes dele, uma vez que ele e a consciência são incompatíveis. A consciência é o poder oculto dentro do momento presente. É por isso que podemos chamá-la de presença. O propósito supremo da existência humana, isto é, de cada um de nós, é trazer esse poder ao mundo. E é também por isso que nossa libertação do ego não pode ser transformada numa meta a ser atingida em algum ponto no futuro.
O que é a compreensão da espiritualidade? A crença de que somos espíritos? Não, isso é só um pensamento.  Ele está um pouco mais próximo da verdade do que a idéia de que somos a pessoa descrita na nossa certidão de nascimento, mas, ainda assim, é um pensamento. A compreensão da espiritualidade é ver com clareza que o que nós percebemos, vivenciamos, pensamos ou sentimos não é, em última análise, quem somos. É provável que Buda tenha sido o primeiro ser humano a entender isso, e dessa maneira "anata (a noção do não-eu) se tornou um dos pontos centrais dos seus ensinamentos. E, quando Jesus disse "Negue-se a si mesmo", sua intenção era afirmar: negue (e assim desfaça) a ilusão do eu. Se o eu - o ego - fosse de fato quem somos, seria um absurdo "negá-lo". O que permanece é a luz da consciência, sob a qual percepções, sensações, pensamentos e sentimentos vêm e vão. Isso é o Ser, o mais profundo e verdadeiro eu. Quando sabemos que somos isso, qualquer coisa que ocorra na nossa vida deixa de ter importância absoluta para adquirir importância apenas relativa. Respeitamos os acontecimentos, mas eles perdem sua seriedade plena, seu peso. A única coisa que faz diferença realmente é isto: podemos sentir nosso Ser essencial, o "eu sou", como o pano de fundo da nossa vida o tempo todo? Para ser mais exato, conseguimos sentir o "eu sou" que somos neste momento? Somos capazes de sentir nossa identidade essencial como consciência propriamente dita? Ou estamos nos perdendo no que acontece, na mente, no mundo?
(Eckhart Tolle - O Despertar de uma Nova Consciência)


Para o Universo tudo tem finalidade... (Editorial)


Hoje em dia ainda há pessoas que indagam: “Bem, pq devo ser melhor ou pq tenho que me harmonizar?”  Vi em um vídeo, César Millan, o conhecido adestrador de cães, afirmar que nenhum de seus clientes reconhece a necessidade de “equilíbrio” e dizem: “Que vou ganhar com isso? Mais amigos, mais dinheiro, mais amor?” Millan ainda afirmou: “Alcançar equilíbrio é a meta da vida dos cães..!”
E temos de nos perguntar: “Mas, não é a meta da vida humana também?”
Bom, penso que ‘equilíbrio’ é consequência do que supomos seja nosso ‘background’. Ou melhor, o que podemos intuir, ou conceber, como ‘pano-de-fundo’ para nossa existência. Vamos imaginar nossa existência fazendo parte do Todo. Para o Universo, tudo tem finalidade, como para o oceano tudo que há no oceano, tem finalidade. O menor dos torvelinhos, a mais pequenina ondazinha, o menor dos moluscos, o peixinho-limpador, o maior dos predadores...tudo, enfim, tem finalidade. Nada está sobrando, nada em falta! O sabor e potencial do oceano está contido na menor de suas gotas, assim como, o sabor e potencial do Universo, da Totalidade, está embutido na menor de suas sementes. Estas ‘sementes’ todas, ao se desenvolver, haverão de manifestar a vontade e presença do Todo em toda parte. Este ‘sabor semente’ se encontra ali dentro, na fonte da vida que está em nós, como pulsação, como apreciação, como sapiência, como continuidade, etc. Saber-me ‘oceânico’ ou ‘univérsico’ é destino de cada semente: a mensagem sutil do Universo está chegando continuamente a você, mas você tem que se tornar “receptivo”, aberto, como que de ouvido apurado para poder escutar e compreender. Meditação é isto, ALINHAR-SE com Aquilo que é continuamente perfeito e único! O que mais nos pode trazer equilíbrio?
Há somente uma mensagem fluindo de modo inaudível em toda parte, porém vestida em várias tonalidades e sabores, conforme o lugar onde é captada e transformada em tradição religiosa: Tibet, Índia, antiga Grécia e Egito, antigos Incas e Mayas. Esta mensagem aponta diretamente para seu coração, e diz: “Já sabe quem é você?”

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sabedoria para Resolver Problemas, por Paramahansa Yogananda

1. "Sempre pense, primeiro, no que vai fazer e em como isso o afetará.
    Agir por impulso não é liberdade, pois você ficará atado aos efeitos das más ações. No entanto, ser capaz de agir quando seu discernimento lhe permite, isso sim é liberdade plena. Essa espécie de ação guiada pela sabedoria resulta em existência divina.

2. "O bom julgamento é uma expressão natural de sabedoria, mas depende diretamente da harmonia interior, que é equilíbrio mental. Quando há falta de harmonia a mente não tem paz, e, sem paz, não há nela nem discernimento nem sabedoria. A vida é cheia de altos e baixos - nas horas difíceis que requerem agudo discernimento, se preservar seu equilíbrio mental, você alcançará a vitória. A harmonia interna é o seu melhor apoio para superar a carga da vida!

3. "O mundo continuará tal como é, com seus altos e baixos. Mas, onde iremos buscar orientação? Não nos preconceitos que os hábitos criaram ou pelas influências ambientais de nossa família, de nosso país ou do mundo, mas sim, na voz da Verdade, que é o guia interior. Esta Verdade não é uma teoria, nem um sistema filosófico. A Verdade é a correspondência exata com a Realidade. Para o homem, é o inabalável conhecimento de sua real natureza, do seu próprio Ser.

4. "Todas as pessoas bem sucedidas dedicam tempo à concentração. São capazes de mergulhar fundo em suas mentes e achar as pérolas das soluções corretas para problemas que enfrentam. Se você aprende a retirar sua atenção das distrações e colocá-la num único objeto de concentração, também saberá como atrair, à vontade, o que quer que necessite."

Fonte: Livro "Onde Existe Luz", de ParamaHansa Yogananda, Self-Realization Fellowship

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

"O Único Verdadeiro Guru...", comentários de Swami Vivekananda

Como este tópico tem recebido alguma importância nos meios sociais e tem sido matéria de discussões nas escolas e até em programas de TV, oferecemos aqui alguns comentários bastante precisos e iluminados da relação guru-discípulo, pelo renomado Mestre hindú Sri Swami Vivekananda:

1. "O discípulo deve ter fé no Guru (Instrutor Espiritual). No ocidente, o professor dá somente conhecimento intelectual, e é só! Todavia, a relação com o mestre é a mais importante na vida. Meu mais caro e próximo parente é meu guru, em seguida minha mãe e logo meu pai. Minha primeira reverência é para meu guru. Se meu pai disser 'Faça isso..', mas meu guru disser 'Não faça..!', eu não faço! Pois o guru liberta minha alma, pai e mãe deram-me um corpo, mas o guru me dará renascimento da alma!"

2. "O guru deve instruir-me e conduzir-me à Luz, tornando-me um elo naquela cadeia na qual ele já faz parte. O homem nas ruas não pode dizer que é um guru. O guru deve ser alguém que conheceu e de fato realizou a divina Verdade, e que compreende a si mesmo como espírito. Um mero falastrão não pode ser guru!"

3. "Primeiro tenha algo a dar. Só ensina quem tem algo a dar, porque ensinar não é falar. Ensinar não é incutir doutrinas, é comunicar. A espiritualidade pode ser comunicada tão realmente como lhes posso dar uma flor. Isto é verdade no sentido mais literal."

4. "Como, então, é possível conhecer o guru? Em primeiro lugar, o sol não requer tochas para ser visto, não temos de acender uma vela para ver o sol. Quando o sol está surgindo, instintivamente nos tornamos conscientes de seu aparecimento. Quando um Instrutor de homens surge para nos ajudar, a alma sabe - instintivamente - que encontrou a verdade. A verdade se sustenta em sua própria evidência, não requer nenhum outro testemunho para atestá-la, ela é auto-efulgente. "

5. "Você é o maior dos livros que jamais houve ou haverá, depositário infinito de tudo que há. Até que o Instrutor interno se apresente, toda instrução externa é vã. Ela deve conduzir à abertura do livro do coração para possuir qualquer valor...!"  
Fonte: "Obras Completas do Swami Vivekananda".

5. 

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.