segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Para o Universo tudo tem finalidade... (Editorial)


Hoje em dia ainda há pessoas que indagam: “Bem, pq devo ser melhor ou pq tenho que me harmonizar?”  Vi em um vídeo, César Millan, o conhecido adestrador de cães, afirmar que nenhum de seus clientes reconhece a necessidade de “equilíbrio” e dizem: “Que vou ganhar com isso? Mais amigos, mais dinheiro, mais amor?” Millan ainda afirmou: “Alcançar equilíbrio é a meta da vida dos cães..!”
E temos de nos perguntar: “Mas, não é a meta da vida humana também?”
Bom, penso que ‘equilíbrio’ é consequência do que supomos seja nosso ‘background’. Ou melhor, o que podemos intuir, ou conceber, como ‘pano-de-fundo’ para nossa existência. Vamos imaginar nossa existência fazendo parte do Todo. Para o Universo, tudo tem finalidade, como para o oceano tudo que há no oceano, tem finalidade. O menor dos torvelinhos, a mais pequenina ondazinha, o menor dos moluscos, o peixinho-limpador, o maior dos predadores...tudo, enfim, tem finalidade. Nada está sobrando, nada em falta! O sabor e potencial do oceano está contido na menor de suas gotas, assim como, o sabor e potencial do Universo, da Totalidade, está embutido na menor de suas sementes. Estas ‘sementes’ todas, ao se desenvolver, haverão de manifestar a vontade e presença do Todo em toda parte. Este ‘sabor semente’ se encontra ali dentro, na fonte da vida que está em nós, como pulsação, como apreciação, como sapiência, como continuidade, etc. Saber-me ‘oceânico’ ou ‘univérsico’ é destino de cada semente: a mensagem sutil do Universo está chegando continuamente a você, mas você tem que se tornar “receptivo”, aberto, como que de ouvido apurado para poder escutar e compreender. Meditação é isto, ALINHAR-SE com Aquilo que é continuamente perfeito e único! O que mais nos pode trazer equilíbrio?
Há somente uma mensagem fluindo de modo inaudível em toda parte, porém vestida em várias tonalidades e sabores, conforme o lugar onde é captada e transformada em tradição religiosa: Tibet, Índia, antiga Grécia e Egito, antigos Incas e Mayas. Esta mensagem aponta diretamente para seu coração, e diz: “Já sabe quem é você?”

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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