sexta-feira, 1 de abril de 2011

Buddhi ou faculdade discriminativa, segundo a Vedanta

"Ao estudarmos os Upanishad nos deparamos com o magnífico quadro da charrete ou carro de guerra. A vida humana é uma viagem rumo à Realização! Há dois tipos de viagem: a exterior, na qual o corpo é a charrete, os órgãos dos sentidos são os cavalos, a mente é as rédeas e o charreteiro ou condutor é Buddhi.
Dentro da charrete está o Eu Superior, o mestre da condução. Porém, no contexto desta mesma viagem, há a "viagem interior" e é ela que conduz ao caráter e aos estados espirituais elevados. Nesta imagem da charrete, o condutor é buddhi, a faculdade discriminativa ou capacidade de escolher. Buddhi dirige todo o movimento dos órgãos dos sentidos, que são os cavalos. Estes devem ser controlados pelas rédeas, e estas rédeas devem estar nas mãos de alguém, e este alguém é buddhi. Assim, buddhi é o controlador e diretor de toda a viagem. Ele estabelece o ritmo da jornada, e é ele, e não os cavalos, que pode ver bem mais à frente! O sistema sensorial não possui esta visão, o siostema psíquico vê um pouco mais longe, mas quando você conhece buddhi, você obtém a mais ampla visão! Isto se chama sabedoria!
Buddhi é um instrumento único para dirigir a vida humana e levá-la a seu destino. Sendo assim, não permita que sua viagem seja direcionada pela charrete, ou pelos cavalos, ou pelas rédeas. Do mesmo modo no sistema humano, não deixe que o corpo decida o propósito de sua vida. Nem mesmo o sistema sensorial, tampouco o psíquico, mas permita ao buddhi decidir o curso da jornada de sua vida! Esta faculdade de discernir em você, está bem próxima do Atman, o Ser Divino em todos. Em buddhi, temos apenas de nos voltar e então contemplar aquele que é o propósito de nossa existência!"
Fonte: "Universal Message of the Bhagavad-Gitâ", by Swami Ranganathananda, volume I, Advaita Ashrama, Calcutá - Índia.

2 comentários:

  1. A questão mais importante não é a de lembrar disso de vez em quando, mas não esquecer nunca...
    Certo?... Abração!

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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