sábado, 12 de fevereiro de 2011

Que força é esta que nos faz andar de um lado a outro sem parar?

Esta reflexão às vezes nos acontece: que força é esta que, todos os dias, nos desperta, nos movimenta e, de certa forma, nos obriga a fazer algo, e assim nos cansa e logo nos põe a descansar?
Que força é esta que mantém, por exemplo, um grande pinheiro de pé, às vezes até por mais de 250 anos? Da mesma forma mantém a laranjeira, a mangueira, o coqueiro, etc. Já percebeu quanto pesa seu corpo estando deitado e como é simples à esta força mantê-lo em pé, e você nem se dá conta? Bem, parece haver ainda um outro poder em nosso corpo, a que chamamos inteligência, que parecem provir de fontes diferentes. Por vezes, até parecem antagônicos, não é verdade? Pelo menos em certas pessoas... Mas, em nós mesmos, podemos verificar como estes dois poderes são e operam de modo diverso. Como pode ser isso? Um é fonte de energia e o outro é fonte de pensamentos! Como pode haver duas fontes em nós? E há quem nos recomende inclinar nossa inteligência àquela força!!! Temos, portanto, a impressão de que existem duas "coisas" em nós: uma somos nós mesmos enquanto 'pensantes', e outra é nossa força ou energia, que nos permite agir conforme pensamos ou decidimos. Será assim mesmo? Será isso verdadeiro?
Sri Ramakrishna nos ensina que percebemos assim por estarmos limitados ao reino de Maya, a Divina Ilusão. Ainda vivemos dentro da jurisdição desta deusa, chamada divina Shakti.
Explicação: "A Realidade é uma e a mesma. A diferença está apenas no nome: aquele que é Brahman é o próprio Atman, e ainda, é também Bhagavan. Ele é Brahman para os seguidores do caminho do entendimento, Paramatman para os yogues e Bhagavan para os amantes de Deus. (...) Os seguidores da Vedanta não-dualista, afirmam que os atos de criação, preservação e destruição, bem como o universo e todos os seres viventes, são manifestações do Poder Primordial, aquele mesmo poder denominado Shakti. Porém, indo mais fundo, você compreenderá que tudo isso é tão ilusório quanto um sonho. Brahman, somente, é a Realidade e tudo mais é ilusório! Porém, mesmo que você raciocine a vida toda, a menos que esteja estabelecido em samadhi, não poderá ir além de sua jurisdição. (...) Portanto, Brahman e Shakti são idênticos. Se você aceita um deles, deve aceitar também ao outro. É como o fogo e seu poder de queimar. Ao ver o fogo, você reconhece também seu poder de queimar. Não pode nem mesmo pensar no fogo sem seu poder de queimar, ou pensar no poder de queimar sem pensar no fogo! Não se pode conceber os raios de sol sem o sol, nem pensar no sol sem seus raios!

Ao que se parece o leite? Oh, você dirá, é algo branco! Não se pode pensar no leite sem sua brancura, e também, pensar na brancura sem o leite!
Assim, não se pode pensar em Brahman sem Shakti, ou pensar em Shakti sem Brahman. Não se pode pensar no Absoluto sem o Relativo ou no Relativo separado do Absoluto!"
Fonte: "Sri Sri Ramakrishna Kathamrita", ou "O Evangelho de Sri Ramakrishna", por Mahendranath Gupta, ou pelo site http://www.vedanta.org.br/

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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