Penso que seria muito bom neste momento oferecer aos amigos leitores do Blog "Mergulhe Fundo", uma lembrança natalícia, por assim dizer, como uma comemoração. Há, é claro, de nossa parte, uma vontade de virtualmente dar em cada um, aquele abraço fraterno, dizendo: 'Que bom estarmos aqui e de algum modo, podermos olhar na mesma direção!' E digo mais: siga em frente com a luz de seu discernimento, seja sempre sincero consigo mesmo, ofereça o que é seu quando for possível, e se não for, espere a oportunidade. Tudo será alcançado no tempo certo.'
Aqui deixo duas estrofes de um poema escrito em 1988, "Canção dos Andes", durante uma viagem ao sul da América.
1. Ao longe as cordilheiras;
entre o que vejo e o que sou,
rompe o trigo sua semente de luz,
dançam os girassóis à linguagem solar,
perde-se meu pensamento pelas vertentes geladas.
Algo une a pequenez e a vastidão,
enquanto o sol transforma o éter cósmico
e o derrama sobre a improdutiva terra;
desde onde estou até os contrafortes,
povoou o homem a paisagem árida,
sobrevoando a campina amarela
de pedras singularmente esquecidas,
atravessando com sua lança salgueiros e álamos.
Segue meu olhar a tangente luminosa e livre
da senda inatingível,
para que o anjo verde dos Andes envie sua mensagem ancestral
com as frias borboletas brancas!
2. É com árvores caídas, lenha empilhada,
caminhos tortuosos e ensombreados;
é com a transparência azul das águas
e a doca lacustre de espectral anatomia,
também com a chuva copiosa que molha, de súbito,
a senda em que caminho;
é com os grandes co-y-hues
e a chaminé de pedra fumegando ao vento
o caldeirão do lenhador;
é com a coroa ignota do céu noturno
e a inacessibilidade da rocha íngreme,
que confecciono a substância viva de minha poesia.
É preciso encontrar nas coisas simples,
na simplicidade das formas naturais,
na rede da vida humana,
a matéria prima da pura inspiração.
Na realidade cotidiana
é preciso encontrar meios e métodos
para conhecer uma outra realidade
e produzir com as próprias mãos
uma outra vida, um novo destino histórico."
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Palavras de Sri Ramana Maharshi: "A verdade permanente é tão simples. Não é nada mais que estar em seu próprio estado original. Todavia, é de admirar que para ensinar algo tão simples, inúmeras tradições foram criadas, iniciando disputas entre si sobre quem recebera autoridade divina para ensinar. Que lástima! Seja você mesmo, isso é tudo!"
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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente
Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.
O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.
Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.
Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.
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