"Samadhi é o estado no qual o Divino e o humano se fazem um; isto significa “a realização da Identidade”.
Todo nosso mundo procede da verdade e da ilusão acopladas. O mundo é Deus e é real; mas, não é esta a maneira como o vemos. Tal como vemos prata na madrepérola, assim também vemos o mundo relativo em Deus. Isto é conhecido como adhyasa ou sobreposição, isto é, uma existência relativa que depende da outra real."
"Uma porção dos textos védicos trata de karma – fórmulas e cerimônias. A outra trata do Conhecimento de Brahman e discute 'espiritualidade'. Nesta parte, os Vedas instruem sobre o Eu Superior, e, por isso, seu ensinamento se aproxima do verdadeiro Conhecimento. O Conhecimento do Absoluto não depende de qualquer livro, não depende de nada: é absoluto em si mesmo. Por muito que se estude, não se alcançará este Conhecimento. Ele não é teórico, é realização. Retire a poeira do espelho, purifique sua própria mente, e, no mesmo instante, verá que é Brahman."
"Nunca se aproxime de nada exceto como Deus; pois, a não ser assim, veríamos o mal. Lançamos um véu de ilusão sobre o que vemos e eis que encontramos o mal. Liberte-se destes enganos, seja venturoso. Liberdade é desligar-se de toda ilusão.
De certo modo, Brahman é conhecido por todo ser humano: este conhece o “eu sou”. Todos sabemos que somos, mas não o que somos. Todas as explicações menores são verdades parciais; mas a flor, a essência dos Vedas, é que o Eu, em cada um de nós, é Brahman."
"Enquanto procurarmos o prazer, a servidão continuará. Somente o homem imperfeito pode ter prazer, sendo tal prazer a satisfação do desejo. A realidade subjacente à natureza, a alma e Deus, são Brahman; porém, Brahman não é conhecido até que O manifestemos. Ele pode ser revelado através de pramantha, que significa “fricção”, tal como o fogo que se produz por atrito. O corpo é a peça inferior de madeira, OM é a peça superior e a meditação é a fricção. Por meio da meditação, aquela luz que é o Conhecimento de Brahman, se acenderá na alma.
Brahman permeia o universo, como a manteiga permeia o leite; mas, o atrito faz com que se manifeste em um lugar particular. Como em uma centrífuga, o leite se faz manteiga; do mesmo modo dhyana, ou meditação, conduz à realização de Brahman na alma."
"Um constante pensamento, ou dhyana, é como o ininterrupto fluir do azeite ao ser derramado de uma vasilha a outra. Dhyana sustenta a mente neste pensamento noite e dia e, assim, nos auxilia a alcançar liberação. Pense sempre “Soham, Soham” , Eu Sou Aquele, Eu Sou Aquele...!
Esta absoluta e contínua recordação do Senhor é o que se quer dizer por bhakti.
Somos como lâmpadas, cujo arder é o que chamamos vida. Quando o suprimento de oxigênio termina, então a lâmpada se apaga."
Excertos do livro "Inspired Talks", do Swami Vivekananda.
Palavras de Sri Ramana Maharshi: "A verdade permanente é tão simples. Não é nada mais que estar em seu próprio estado original. Todavia, é de admirar que para ensinar algo tão simples, inúmeras tradições foram criadas, iniciando disputas entre si sobre quem recebera autoridade divina para ensinar. Que lástima! Seja você mesmo, isso é tudo!"
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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente
Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.
O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.
Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.
Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.
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