- O Estado Espiritual de
Sri Ramakrishna:
Sri Ramakrishna claramente nos deixou certas diretrizes. Ele dizia, ‘ Já
acendi o fogo, cabe a vocês agora se aproximar e desfrutar de seu calor!’;
e mais, ‘ Já preparei o molde, cabe a vocês agora virem e colocarem-se
nele! ’; e ainda, ‘ Já cozinhei a comida, é com vocês agora virem
sentar-se à mesa diante dos pratos!’
Uma
vez alguém lhe perguntou: “Senhor, o que é um Guru?”, ao que Sri
Ramakrishna respondeu: “Ele é como um casamenteiro. O casamenteiro faz
arranjos para a união de um amante com sua amada. Do mesmo modo, um guru
faz arranjos para o encontro entre a alma individual e seu amado, o Divino
Espírito.”
Os
homens podem ser classificados em
quatro categorias: os sem liberdade, ou sem desejo por liberdade, que
são apanhados na rede da mundanidade; os que buscam liberação, os que têm
sucesso nessa busca e se tornam livres, e os sempre livres.
Os sempre
livres, como Narada e outros, vivem no mundo para o bem da humanidade, e
são como seus instrutores.
As almas sem liberdade são aquelas que permanecem obcecadas com as coisas do
mundo, se esqueceram de Deus e jamais
pensam nele.
Logo estão as que buscam liberação, algumas delas a conseguem e outras não. As
que conseguem são almas livres, que
venceram luxúria e cobiça – são os sadhus e mahatmas, em quem não há mais traço
de mundanalidade. Suas mentes permanecem fixas aos pés de lótus de Deus.
Quando uma rede é lançada nas águas de um
lago, há alguns peixes muito espertos que não se deixam apanhar nela. Estes são
como as almas sempre livres. Contudo, a maioria realmente é apanhada pela rede.
Alguns destes se esforçam para escapar, são como os que buscam libertar-se, porém nem todos eles conseguem.
Alguns poucos escapam da rede com grande estardalhaço, ao que os pescadores
comentam – ‘Lá se vai um dos grandes!’ A
maioria deles, porém, não pode escapar e nem mesmo chegam a tentar; com a rede
presa em suas bocas, se enterram na lama e lá permanecem quietos, pensando que
estão a salvo e que não há mais nada a
temer. Não se dão conta de que os pescadores, em seguida, vão arrastá-los para
fora d´água e separá-los. Estas são as almas sem liberdade.
Estas almas ligadas se
emaranharam à rede de luxúria e cobiça,
e se acham presas dos pés à cabeça. Chegam mesmo a crer que naquele lodaçal vão
encontrar felicidade e segurança. Não percebem que estão para encontrar a morte
em estado de servidão.
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