quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Verdade sobre o Atman, segundo a Bhagavad-Gitâ


"Assim falou o abençoado Senhor Krishna" (cap.II)
Tradução do Swami Vijoyananda, edt. Kier-Bs.As.

11. Tens estado a lamentar-te por aqueles que não merecem, e sem dúvida, falas como um sábio. Porém, os verdadeiros sábios não se lamentam, nem pelos vivos, nem pelos mortos.
12. Nunca houve um tempo em que Eu não existisse, nem tu ou estes reis e nem deixaremos de existir no futuro.
13. Assim como o Ser encarnado tem sua infância, juventude e velhice, na seqüência ele toma outro corpo. Os sábios não se confundem sobre este ponto.
14. Oh Arjuna, as noções de calor e frio, prazer e dor, nascem do contato dos sentidos com os objetos, têm portanto princípio e fim, são transitórios.
15. Aceita-os! Somente aquele que não se aflige com estas modificações, sendo equânime no prazer e na dor, alcança imortalidade.
16. O irreal jamais existiu e o real sempre existirá. Os sábios conhecem esta verdade.
17. Sabe que é imperecível Aquilo que permeia todo o Universo. Nada pode destruir este Princípio imutável.
18. Estes corpos em que habita o Eterno, o imperecível Ser, porém, têm fim.
19. Quem pensa que este Ser mata ou que é morto, é ignorante. O Ser não mata nem morre.
20. O Ser não nasce nem morre, nem se reencarna; não tem origem, é eterno, imutável e o primeiro de todos.
21. Aquele que sabe que o Ser é imperecível, eterno e sem nascimento, como pode matar ou morrer?
22. Como alguém que abandona suas vestes gastas e coloca outras novas, assim o Ser corpóreo deixa seu corpo desgastado e entra em um outro novo.
23. Armas não o destroem, o fogo não o queima, a água não o molha e o vento não o seca.
24. A este Ser não se pode dividir, nem queimar, nem molhar, nem secar; é eterno, onipresente, estável, imóvel e primordial.
25. Se diz que este Ser é imanifestável aos sentidos, impensável pela mente, e não se modifica; sabendo que é assim, não te podes afligir!

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OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

Para ler todo o texto, click acima das postagens em 'Meditação em Yoga'.