segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Estado de Percepção Pura, por Mooji

"O estado de percepção pura que você é não é afetado pela atividade da mente ou do corpo. Olhos fechados ou abertos não são problema à pura percepção. Companhia espiritual não eleva este estado, do mesmo modo que companhia mundana não o diminui. A percepção pura não é um sentimento, estando assim além de bons e maus sentimentos. Também não é pessoal nem impessoal, nem ordinária nem extraordinária. Este 'estado' não possui localização, faz pouca diferença se estiver você em Arunachala ou em qualquer lugar do planeta. A percepção pura não se encontra ao final de algum grande esforço ou prática. Não pode ser dividido por tempo e espaço, e seu senso intuitivo 'EU' não se acha separado dele.
Você se une a esta percepção pura quando sua identidade se manifesta sem uma estória pessoal ou alguma força psicológica. Você é um com este estado quando ao pronunciar 'EU' estiver se referindo aquele sentido intuitivo que é sinônimo da própria Existência. Sendo esta sua posição, você não é mais aquele 'EU' que fala, que ouve, que duvida ou que crê. Nenhuma religião lhe pertence. Os papéis que possa representar são preenchidos espontaneamente e naturalmente, e você não estará mais investido neles como estava antes. Não é mais nem pai nem mãe de alguém. Nenhum julgamento tem mais significado, bem e mal são apenas conceitos para você. Cada sensação, cada sentimento, cada jogo da mente será apenas uma ondulação à superfície do oceano da vida. Quanto ainda levará para que você realize esta Verdade?"

Fonte: "Breath of the Absolute, dialogues with Mooji"

O Segredo do Trabalho, por Swami Vivekananda


Ajudar a outros materialmente removendo suas necessidades físicas é uma grande coisa, mas uma ajuda é ainda melhor se a necessidade for maior e a ajuda tiver longo alcance. Se as necessidades de alguém puderem ser removidas por uma hora, isto é de fato uma ajuda; mas, se puderem ser removidas por um ano, será maior ajuda ainda para a pessoa; porém, se suas necessidades puderem ser removidas para sempre, certamente este é o melhor auxílio que se lhe pode oferecer. O conhecimento espiritual é o único meio de destruir nossas misérias para sempre; qualquer outro conhecimento satisfaz apenas por algum tempo. É somente com o conhecimento do espírito que a faculdade de desejar é aniquilada para sempre. Assim, ajudar alguém espiritualmente é a mais elevada ajuda que se lhe pode dar. Aquele que confere ao homem conhecimento espiritual é o maior benfeitor da humanidade e, sendo assim, vamos sempre reconhecer que aqueles que ajudaram o homem em suas necessidades espirituais foram pessoas muito poderosas, pois espiritualidade é a base verdadeira de nossas vidas. Uma pessoa espiritualmente forte e assertiva, será proeminente em outros campos, se assim o desejar. Até que haja poder espiritual em alguém, mesmo as necessidades físicas não serão bem satisfeitas. Próximo ao espiritual está o auxílio intelectual. A oferta de conhecimento é bem mais elevada que a de roupas ou alimento, e até mais elevada que dar nascimento a alguém, pois a verdadeira vida consiste em conhecimento. Ignorância é morte, conhecimento é vida! A vida é de muito pouco valor se passada na escuridão, tateando pela ignorância e a miséria. Na seqüência vem, é claro, o auxílio material. Portanto, ao considerarmos a questão de ajudar alguém, temos de nos esforçar para não cometer o erro de pensar que o auxílio material é o único a ser dado. Ele não é apenas o último a ser oferecido, mas o mínimo, por não poder trazer satisfação permanente. Se quando estou faminto sinto-me miseravelmente, isso desaparece quando me alimento, mas a fome retorna. Minha carência só irá desaparecer quando estiver satisfeito além de qualquer necessidade. Então, estar faminto não me tornará miserável, nenhum stress, nenhuma dor será capaz de afetar-me. Assim, aquela ajuda que tenciona nos tornar fortes espiritualmente é a mais elevada, próximo a ela está a ajuda intelectual e logo depois vem a ajuda material.

Fonte: "KARMA YOGA" by  Swami Vivekananda




















OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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