"QUEM SOU EU?" foi um dos dois primeiros trabalhos do Maharshi, sendo o outro 'Auto-indagação', composto mais ou menos na mesma época. Foram escritos por volta do ano de 1.901, aos 22 anos de idade, quando não era ainda chamado de Bhagavan Sri Ramana Maharshi. Todavia, já era um Sábio auto-realizado, em estado de perfeito conhecimento divino, vivendo na caverna Virupaksha, no sagrado monte de Arunachala.
As pessoas já começavam a procurá-lo, mas embora ele não tivesse feito qualquer voto de silêncio, raramente falava. Por vezes, respondia às perguntas por escrito. Assim fez em resposta a 14 perguntas apresentadas por um daqueles primeiros discípulos. Mais tarde, outras tantas foram acrescentadas, o que ocasionou uma publicação provisória, em prosa, sem as perguntas, como aparecem abaixo. O Ensinamento, em toda sua simplicidade e grandeza, se acha sempre convergindo para a questão básica 'Quem sou eu?'
"QUEM SOU EU" ou "Who am I" no original em inglês...
Cada ser vivente aspira ser feliz, intocado pelo desgosto. E cada qual tem o maior amor por si mesmo, o que se dá unicamente pelo fato de que a 'felicidade' é sua verdadeira natureza. Assim, de modo a realizar aquela felicidade inerente e imaculada, experienciada em sono profundo quando a mente é deixada para trás, é essencial conhecer a si mesmo. Para obter tal conhecimento, a indagação 'Quem sou eu?', feita em busca do Ser, é o meio por excelência.
"Quem sou eu?" Não sou este corpo físico, nem os cinco órgãos de percepção; não sou os cinco órgãos de atividade externa, nem tampouco as cinco forças vitais e nem mesmo a mente pensante! Também não sou aquele estado de inconsciência que apenas retém as tendências sutis da mente, sendo portanto livre da atividade funcional dos órgãos dos sentidos e da mente...(...)
Deste modo, rejeitando sumariamente todos os acima mencionados acessórios do corpo físico, com suas funções, afirmando 'eu não sou isto' e também 'eu não sou aquilo', o que permanecer em separado e isolado naturalmente, este puro 'estado de percepção', é isto que eu sou! Este estado de puro conhecimento é, por sua própria natureza, SAT-CHIT-ANANDA, ou seja, pura existência-pura consciência-puro júbilo...
Se a mente, que é o instrumento de conhecimento e base de toda atividade, cessa, a percepção do mundo como realidade objetiva também cessa. A menos que a percepção ilusória da 'cobra na corda enrolada' (*) cesse, a corda sobre a qual a ilusão se forma, não é reconhecida como tal.
De mado semelhante, a menos que a ilusória percepção do mundo como sendo real desapareça, a Visão da verdadeira natureza do 'EU', sobre o qual a ilusão surgiu, não é alcançada!"
(*) O exemplo clássico usado em Filosofia Vedanta, no qual se sugere a retificação da percepção inicial, em que uma corda enrolada é tomada por uma cobra, quando vista no escuro!
Fonte: Copyright a Sri Ramanashraman, Tiruvannamalai-Índia.
As pessoas já começavam a procurá-lo, mas embora ele não tivesse feito qualquer voto de silêncio, raramente falava. Por vezes, respondia às perguntas por escrito. Assim fez em resposta a 14 perguntas apresentadas por um daqueles primeiros discípulos. Mais tarde, outras tantas foram acrescentadas, o que ocasionou uma publicação provisória, em prosa, sem as perguntas, como aparecem abaixo. O Ensinamento, em toda sua simplicidade e grandeza, se acha sempre convergindo para a questão básica 'Quem sou eu?'
"QUEM SOU EU" ou "Who am I" no original em inglês...
Cada ser vivente aspira ser feliz, intocado pelo desgosto. E cada qual tem o maior amor por si mesmo, o que se dá unicamente pelo fato de que a 'felicidade' é sua verdadeira natureza. Assim, de modo a realizar aquela felicidade inerente e imaculada, experienciada em sono profundo quando a mente é deixada para trás, é essencial conhecer a si mesmo. Para obter tal conhecimento, a indagação 'Quem sou eu?', feita em busca do Ser, é o meio por excelência.
"Quem sou eu?" Não sou este corpo físico, nem os cinco órgãos de percepção; não sou os cinco órgãos de atividade externa, nem tampouco as cinco forças vitais e nem mesmo a mente pensante! Também não sou aquele estado de inconsciência que apenas retém as tendências sutis da mente, sendo portanto livre da atividade funcional dos órgãos dos sentidos e da mente...(...)
Deste modo, rejeitando sumariamente todos os acima mencionados acessórios do corpo físico, com suas funções, afirmando 'eu não sou isto' e também 'eu não sou aquilo', o que permanecer em separado e isolado naturalmente, este puro 'estado de percepção', é isto que eu sou! Este estado de puro conhecimento é, por sua própria natureza, SAT-CHIT-ANANDA, ou seja, pura existência-pura consciência-puro júbilo...
Se a mente, que é o instrumento de conhecimento e base de toda atividade, cessa, a percepção do mundo como realidade objetiva também cessa. A menos que a percepção ilusória da 'cobra na corda enrolada' (*) cesse, a corda sobre a qual a ilusão se forma, não é reconhecida como tal.
De mado semelhante, a menos que a ilusória percepção do mundo como sendo real desapareça, a Visão da verdadeira natureza do 'EU', sobre o qual a ilusão surgiu, não é alcançada!"
(*) O exemplo clássico usado em Filosofia Vedanta, no qual se sugere a retificação da percepção inicial, em que uma corda enrolada é tomada por uma cobra, quando vista no escuro!
Fonte: Copyright a Sri Ramanashraman, Tiruvannamalai-Índia.
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