segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Despertando o "Gigante Interior"... conforme a Vedanta Advaita


Duvidas...questões...o que são? Qual a dúvida mais crucial? É não saber quem você é! Por todo lado apenas o oceano: para a direita, ou para a esquerda, acima ou abaixo, à frente ou atrás...apenas água, imensa paisagem aquática. Uma gotinha desta imensidão, que pode ser você, subitamente pergunta: "O que está acontecendo aqui?" Qual será a resposta do Oceano? Oferecemos aqui algumas respostas, porém, com a ressalva, que você deve procurar obter as suas próprias, e quando as tiver obtido, saberá o que é ILUMINAÇÃO..!

"Você pode abandonar o palco agora mesmo...mas, faça-o como o rei que se levanta de seu trono e segue para seu jardim favorito...Ele não é o jardineiro, continua sendo o rei! Com você também é assim, aonde quer que vá!" (Sri Poonja-Papaji)


"Acredite em mim, você não precisa de nada, exceto 'ser o que você é'! Você imagina que aumentará seu valor através de aquisições. É como o ouro imaginando que, com a adição do cobre, irá valorizar-se! Apenas a eliminação e renúncia a tudo que é estranho à sua natureza será suficiente. Tudo mais é vaidade!" 
(Sri Nisargadatta Maharaj)


"O propósito de 'observar' é somente para discernir sobre a transitoriedade do que estiver acontecendo..e que assim irá continuar! Não desperdice tempo com isso: tão logo reconheça que tudo está se modificando, mudando de lugar, retire sua atenção para o Observador do ocorrido. Ele é tangível? Não subestime o poder da contemplação!" (Mooji)


"Esteja sempre consciente do Atman...
 Ele é contínuo e em toda parte está. Você afirma: 'Eu sou aquele que medita' ou
 'O Senhor é meu objeto de meditação!'
 Porque você divide, desta forma, o Indivisível?"  (Do Avadhuta-Gitâ, cap.1)


"Pode você desenvolver suas atividades diárias com a percepção do 'background' de sua vida... a vida da Consciência?" (Eckhart Tolle)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

De Consciência para Consciência...


De Consciência para Consciência significa que tudo é consciente. Em dimensão mais profunda somos esta claridade sem fim, uma percepção sem fim, entendimento sem fim. Em nível mais profundo, todos nos entendemos muito bem... sem qualquer necessidade de palavras. Porém, à superfície da existência, onde nos acostumamos a estar, onde temos a impressão de 'existir', as palavras são instrumentos de esclarecer ou também de confundir. Por exemplo, quem apenas se ocupa da mente, não conhece a não-mente, quem se ocupa só com o ruído não conhece a quietude, quem muito se movimenta, desconhece o que silencia !!Portanto, aqui vão alguns pensamentos, com que você pode ter afinidade ou não, mas seja como for, pode deixar a mente de lado e apenas...sentir ou ouvir o que for lendo. Depois, apenas entre em silêncio, em comunhão contínua de Consciência para Consciência...

"O momento é este; a situação e o lugar são estes, e “eu” sou Aquilo...
Nossos melhores momentos e sensações várias, não as podemos reter; apenas a percepção de que Eu Sou existente pode-se tornar contínua e dela posso desfrutar – ah, isto Eu Sou!
Nos melhores lugares, diante dos mais maravilhosos panoramas, não posso permanecer, são passageiros, portanto o melhor lugar é aqui; e a idéia de que, um dia, a mente estará sob controle, é fútil e tola; a mente deve ser substituída por uma perspectiva mais ampla de viver.
O único momento e lugar seguros estão no silêncio comigo mesmo, onde posso encontrá-lo, a Ele, o Senhor da mente, e eu Sou Ele!

Nunca nos damos conta de que só temos, de fato, o presente, e o presente é a conscientização Eu Sou, você sabendo que é real o tempo todo.
A conscientização contínua é a base da percepção exata da Vida.
O que realmente permanece comigo? Qualquer coisa exterior ou situação, fica comigo durante certo tempo e depois se vai. Apenas entrando no silêncio da conscientização Eu Sou percebo o que é permanente, 
contínua percepção de minha própria divina realidade,
contínuo conhecimento  Eu Sou. Nisto, neste nível, devo me sustentar!
Meditação torna-se ‘conscientização’ quando você, sem esforço, permanece consciente daquilo que você é, puro Ser, pura identidade, puro saber!
Você sabe que é o Real Ser o tempo todo. É amor ao Deus que está consigo!"

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Assim era Sri RAMAKRISHNA", contado por Swami Vivekananda

Sri Ramakrishna era filho de um brahmin (de casta elevada) muito ortodoxo, que recusaria receber algo de alguém que não fosse outro brahmin. Também não poderia aceitar um trabalho, nem mesmo o de sacerdote em um templo; não poderia ser 'livreiro', tampouco servir quem quer que fosse! Ele poderia aceitar apenas "o que fosse caído do céu!", ou seja, esmolas, ainda assim não vindo de pessoa de casta inferior. Templos não têm grande papel na religião hindú; se fossem todos destruídos, ainda assim o Hinduísmo não seria nem um pouco afetado. Um homem pode construir uma casa para "Deus e convidados", porém, se para si próprio, seria considerado egoísmo. Sendo assim, ele prefere erguer templos como moradia para Deus.
Devido à grande pobreza de sua família, Sri Ramakrishna foi obrigado a se tornar sacerdote em sua juventude, em um templo dedicado a Kali, a Divina Mãe do universo, representada por uma figura feminina, que  se sustenta em pé sobre uma figura masculina, significando que se maya - o poder ilusório - não for afastado, não se pode conhecer nada. Brahman é neutro, não conhecido e não conhecível; porém, em sua personificação, se oculta sob os véus de Maya e se torna a Matrix do universo, manifestando toda a criação. (...)
O serviço diário à Divina Kali, aos poucos, foi despertando uma tão intensa devoção no jovem sacerdote, que ele não conseguia mais conduzir seu serviço regulamente. Desse modo, abandonou suas ocupações e se retirou a um pequeno bosque nas cercanias do templo, onde se entregou inteiramente à meditação. Este bosque se achava à beira do Rio Ganges, e certo dia, a rápida correnteza trouxe aos seus pés apenas o necessário material para que fosse erguida uma pequena cabana. Nessa condição ele permaneceu, orando, chorando, não se importando o mínimo com seu corpo físico, nem com outra coisa que não fosse sua Mãe Divina. Um parente o alimentava uma vez ao dia e tomava conta dele. Com o tempo, uma mulher, uma asceta feminina, chegou...para ajudá-lo a conhecer a Mãe. Quando necessitava de alguma instrução, o instrutor aparecia, sem ser chamado; de qualquer das seitas, algum homem santo surgia oferecendo-se para instruí-lo, e a cada um deles Ramakrishna ouvia intensamente. Mas, ele considerava a todos como a Mãe...
Sri Ramakrishna nunca falou palavras rudes a ninguém. Tão belamente tolerante ele era, que cada uma daquelas seitas o considerava 'seu'. Ele amava a todos, e para ele todas as religiões eram verdadeiras. Ele era livre, mas livre pelo amor, não pela explosão.(...)
As ondas do pensamento religioso se erguem e se abatem, e no topo de cada onda se posiciona o Profeta da época. Ramakrishna veio para ensinar a religião de hoje - construtiva e não destrutiva. Ele teve que mergulhar fundo em busca da razão das coisas e criou uma religião científica, que não diz "acredite", mas sim, "veja"! "Eu vejo e você também pode ver!" Deus se mostrará a cada um, e harmonia se acha ao alcance de todos. Os ensinamentos de Sri Ramakrishna são a essência do Hinduísmo.
Ele começou a pregar quando estava perto dos quarenta anos, mas nunca saiu de seu lugar para isso. Esperou por aqueles a quem seu ensino se destinava... Sri Ramakrishna é reverenciado na Índia como uma das grandes Encarnações e seu aniversário  é celebrado lá como um grande festival religioso!!
Fonte: "Inspired Talks", by Swami Vivekananda, Vedanta Press, Hollywood, USA.

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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