segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quando a mente silencia, aí está o Momento Presente...

O texto a seguir foi retirado da Internet do site "Eckhart Tolle Teachings":
Pergunta: "Como podemos encontrar o equilíbrio entre nossa vontade individual e o fluir natural da vida?"
Eckhart: "Vivendo alinhado com o momento presente, você também alinha sua vontade com a vontade universal, que se poderia dizer 'vontade de Deus'. Na verdade, você não tem uma vontade separada. A vontade separada quer realçar ou fortalecer o sentido de ser da pessoa. A vontade separada se importa apenas com o 'eu' e 'meu', o ego. Porém, há a Consciência Divina, ou Única e há o impulso evolutivo. O que estamos fazendo aqui, a cada instante, é nos alinhando com esta Consciência! (Tenhamos ou não a consciência disso!) A não resistência é vital, pois, enquanto estiver resistindo ao momento presente (como um fato real), você estará cercado pela vontade egóica. Esta vontade do ego deve desaparecer, e a entrega ao Momento Presente deve prevalecer: é a entrega àquilo que É!
Quando você se alinha à Realidade internamente, pode parecer à princípio, uma atitude de fraqueza, que pode ser interpretada como algo que lhe impede de tomar ação efetiva. Porém, a aceitação àquilo que É, é totalmente compatível, como resposta, a qualquer coisa que o momento solicite. Seja qual for a necessidade, algo deve ser recriado, ou manifestado ou feito, neste momento, para poder fluir, você tem que aceitar, primeiro, a forma como o momento presente se oferece. Vejamos de outro modo: quando você se sente doente, por exemplo, não diz - 'Tenho que aceitar esta doença, o fato de estar enfermo!', pois isto é apenas mais um conceito. Tudo que precisa aceitar é este momento, como ele é! (Significa, sem a interpretação da mente!) Na verdade, não há nenhuma doença neste momento, há somente uma predisposição física. Pode haver alguma dor, ou fraqueza ou desconforto, estas coisas podem aparecer, mas isso é tudo que tem de aceitar. Este momento - agora - sempre foi e sempre será 'pleno', nada a fazer! Esta é a aceitação, assim a ação que daí surge tráz consigo uma qualidade diversa de energia. A vontade que fluirá naquilo que você faz não será mais ego-orientada. Portanto, a pequena vontade terá que ceder, para que uma vontade mais poderosa flua e possa lidar com a situação.
Há um termo budista para isto, é 'reta ação', que só surge de um correto estado de consciência. Porém, primeiro você deve deixar o ego para trás, antes de surgir a reta ação. Diga 'sim' ao momento presente, é o sacrifício da pequena vontade. Porquê reclamar daquilo que aí está? É completo non-sense!"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma dama visita Sri Nisargadatta Maharaj...

Certo dia, uma dama européia veio visitar Maharaj. Tinha viajado por muitos lugares, e conhecido muitos mestres espirituais, sem todavia encontrar o que procurava. Mas, estava segura naquele momento de que sua busca havia terminado aos pés de Maharaj. Tinha acumulado algumas experiências espirituais, que começou a contar, detalhadamente, a Maharaj. Este escutou aquela descrição por alguns momentos, mas logo interrompeu, perguntando: "Diga-me, quem teve estas experiências? Quem se sentiu satisfeito com estas experiências? Na ausência do quê, estas experiências não teriam surgido de modo algum? Durante todo este período de aprimoramento espiritual, que identidade foi capaz de descobrir como sendo você?
Por favor, não sinta em momento algum, disse Maharaj, que pretendo insultá-la, mas deve obter claras respostas a estas perguntas, antes de decidar sobre o que irá fazer. Neste momento, é como uma menina de 5 anos que se enfeitou com fino vestido e atraentes adornos. Esta mesma criança 3 anos antes, teria ignorado o vestido e os adornos, ou os teria aceitado contrariada. Mas, agora, depois do condicionamento recebido, a criança não pode mais esperar para sair e brincar com seus pequenos amigos invejosos, que não possuem roupas vistosas. O que aconteceu entre a infância e este novo período é exatamente o obstáculo à sua visão de sua verdadeira natureza. O bebê, diferentemente da criança, ainda retém sua identidade subjetiva. Antes do condicionamento, ele se refere a si mesmo pelo nome, tratando-se apenas como um 'objeto', não como um 'eu' que é o conhecedor e sujeito. Pense profundamente sobre o que lhe digo, a entidade pessoal e a iluminação não andam juntas.
Se, depois do que lhe falei, decidir continuar me visitando, devo avisá-la, disse Maharaj brincando, você não só não obterá nada, como perderá tudo que obteve com tanto esforço em tantos anos. E o que é mais sério, perderá inclusive seu 'eu'. Você está avisada! Voltando aqui, acabará por concluir que não há nenhum 'eu' ou 'você' para buscar iluminação, e que de fato 'iluminação' não existe! A própria percepção disso é, ela mesma, a iluminação!"
Fonte: "Pointers from Sri Nisargadatta Maharaj", by Ramesh Balsekar, postado por Editora Advaita, Brasil.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Assim falou Swami Vivekananda: Desperte para sua Vóz Interior!

"Todos estamos seguindo rumo à liberdade, todos estamos seguindo esta vóz, tenhamos ou não consciência; como crianças em um vilarejo são atraídas pela música de um flautista, assim  também é conosco seguindo a música daquele chamado sem o saber! Somos éticos quando seguimos aquela vóz.
Não somente a alma humana, mas todas as criaturas, da mais inferior à mais elevada, ouviram este chamado e de algum modo a ele se dirigem. Neste esforço, ou se associam uns aos outros, ou se empurram para fora do caminho. Assim surgiu a competição, os prazeres, os esforços, a vida e a morte, e todo universo não é mais que o louco resultado para se alcançar a vóz. Esta manifestação é da natureza. Que acontece então? O cenário começa e se modificar, tão logo você conheça e compreenda o que é este chamado todo panorama se modifica. O mesmo mundo que antes era um terrível campo de batalhas, agora tornou-se algo maravilhoso. Não amaldiçoamos mais à natureza, nem afirmamos ser a vida insuportável, não precisamos mais chorar nem lamentar. Tão logo entendemos a vóz interior, compreendemos a razão de todos estes esforços, esta luta, esta competição, esta crueldade para obter pequenos prazeres e sensações. Compreendemos que fazem parte da natureza das coisas, e que, na ausência deste antagonismo, não haveria esta corrida rumo à voz, cuja realização estamos destinados, saibamos ou não. Toda vida humana, toda natureza, portanto, se esforça para alcançar libertação. O maior bem é a mais elevada liberdade!"
Fonte: "Living at the Source", os ensinamentos de yoga de Swami Vivekananda, Shambala Dragon Edt.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

"Eu Sou", do Livro de Ouro de Saint-Germain

A Vida, em todas as suas atividades, onde quer que se manifeste, é DEUS EM AÇÃO. EU SOU é a atividade da Vida. É estranho que os estudantes mais sinceros nem sempre cheguem a captar o sentido verdadeiro destas duas palavras!

Quando afirmas EU SOU, com sentimento, permites à fonte da Vida Eterna fluir sem obstáculos ao longo de seu curso; em outras palavras, abres uma porta ampla ao seu fluxo natural! Quando dizes – ‘Eu não sou!’, bates a porta em pleno rosto desta Magna Energia.

EU SOU é a plena atividade de Deus. Fostes colocado uma infinidade de vezes, frente a frente com esta Verdade de DEUS EM AÇÃO. Portanto, quero que compreendas que a primeira expressão de todo ser individual, em qualquer parte do Universo, seja em pensamento, sentimento ou palavra, é EU SOU, reconhecendo assim sua Própria Vitoriosa Divindade.
O estudante, ao tratar de compreender e aplicar estas potentes, ainda que simples leis, tem que manter uma guarda estrita sobre seu pensamento e expressão, já que cada vez que pensar ou disser ‘não Sou’, ‘não posso’, ou ‘não tenho’, estará estrangulando a Magna Presença Interior, conscientemente ou não, e em forma tão tangível como se colocasse as mãos ao redor do pescoço de alguém! Neste caso, o pensamento pode fazer com que as mãos afrouxem a qualquer momento, mas, quando se trata de uma declaração de ‘não ser’, ‘não poder’ ou ‘não conseguir’, se coloca em movimento uma energia ilimitada que vai continuar atuando, até que a pessoa mesma a suspenda e transmute aquela ação.
Isto mostrará o enorme poder que tens para qualificar, determinar e ordenar a maneira como desejas que atue a grande energia de Deus. E ainda digo, amado estudante, que a dinamite é menos perigosa. Uma carga de dinamite apenas desintegrará teu corpo, enquanto que os pensamentos ignorantes, lançados sem controle nem governo, atam à roda de reencarnações indefinidamente, ou seja, enquanto durar um decreto sem invalidar, sem transmutar ou dissolver, continua imperando através dos séculos e por disposição do próprio indivíduo.
Fonte: "O Livro de Ouro de Saint-Germain", edt. Ponte para a Liberdade, Porto Alegre, RS

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Cipreste no Jardim, uma metáfora by Osho...

As estorietas ao estilo Zen contadas por Osho, são, no meu modo de entender, bastante simples, despojadas e quase ambíguas, estimulando nosso descobrimento intuitivo. Para a mente calculista, contudo, talvez careçam de sabor, mas para os de mente aberta, são deliciosas! Há uma estória muito famosa sobre um mestre Zen, conta Osho. Um monge certa vez  perguntou a este mestre: "O que é a verdadeira religião?" Era noite de lua cheia e esta se achava despontando no horizonte. O mestre permaneceu em silêncio por um longo período, nada disse. Subitamente, voltando a si, convidou: "Olhe para o cipreste no jardim!" Uma agradável e fresca brisa estava soprando e brincava com o cipreste, e a lua acabava de surgir acima dos galhos. Era inacreditávelmente belo, era praticamente impossível ser tão belo. Porém, o monge insistiu: "Essa não foi minha questão. Não estou perguntando sobre o cipreste no jardim, nem sobre a lua ou sua beleza. Minha questão nada tem a ver com isso. Estou perguntando o que é a verdadeira religião. O senhor esqueceu minha pergunta?" De novo o mestre entrou em silêncio por um longo período. E de novo, voltando a sí, propôs: "Olhe para o cipreste no jardim!"
A verdadeira religião, conclui Osho, consiste no aqui e agora. A verdadeira religião diz respeito a este momento. Assim, conforme você esteja se sentindo, este é o "cipreste no jardim". Olhe para ele, apenas sinta. Não há mais nada a fazer. Esse olhar revelará muitos mistérios, abrirá muitas portas!
Fonte:"Osho todos os dias", meditações diárias.

OM Namah Shivaia - encontro Oriente e Ocidente



Meditação em Yoga: Em yoga Clássica, a yoga de Patanjali, ciência que demonstra a potencialidade possível ao homem, há oito passos a completar, envolvendo disciplinas tanto físicas qto. mentais. Na 1ª destas etapas, se acham disciplinas relativas à autoeducação, ou auto-controle, tais como: não violência (ahimsa), veracidade (satyagraha), continência (brahmacharya), etc. Na etapa seguinte, dita das 'observâncias', estão a prática de pureza, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo e consagração ao Ideal.

O 3° passo, ou 3ª pétala da Flor de Yoga, trata das posturas ou âsanas, ou seja, os modelos gestuais recomendados aos que aspiram algum domínio sobre seu corpo. A quarta etapa é dos 'pranayamas', isto é, as disciplinas necessárias ao controle da energia através da respiração. Pratyahara é a etapa em que se aprende a controlar os sentidos. Dhârana, a 6ª etapa, se ensina a concentração da atenção. O sétimo passo, denominado Dhyâna, se refere às tecnicas de introspecção ou de meditação, e o último degráu chama-se Samadhi, ou completa absorção no Ideal Espiritual.

Este é o caminho de Yoga, relevante símbolo atual do encontro entre Ocidente e Oriente.

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